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domingo, 20 de março de 2022

“O caminho para as próximas eleições parece estar traçado em uma disputa entre Lula e Bolsonaro”, diz Hamilton Mourão

 


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (18), durante visita à Rede Pampa de Comunicação, que “o caminho para as próximas eleições parece estar traçado em uma disputa entre Lula e Bolsonaro”.

Mourão ressaltou que a corrida eleitoral já começou bastante polarizada e que não acredita em “terceira via”. “Tudo foi politizado e ideologizado. Condenações de Lula anuladas. Um retrocesso de 20 anos”, disse o general gaúcho no programa Pampa Debates, apresentado por Paulo Sérgio Pinto.

Mourão declarou o seu apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, mas ressaltou que os dois “não têm comunhão em tudo”. “A gente tem sempre que manter a calma”, afirmou.

Candidatura ao Senado

Recém filiado ao Republicanos, Mourão disse que decidiu concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul para buscar resolver os problemas do Estado. “O senador é uma linha auxiliar ao governo do Estado”, destacou. Ele afirmou que não deixará o cargo de vice-presidente durante a campanha, mas lembrou que não poderá assumir a Presidência interinamente quando Bolsonaro estiver fora do País.

O general disse acreditar que a campanha ao Senado será “de altíssimo nível”. Ele citou como fortes adversários Ana Amélia Lemos e Lasier Martins.

Governo gaúcho

Em entrevista ao jornal O Sul, Mourão declarou que ele e o seu partido ainda não decidiram qual candidato apoiarão para o governo do Rio Grande do Sul. “Essa questão ainda está em estudo porque nós temos hoje dois candidatos no nosso campo, que é o ministro Onyx [Lorenzoni] e o senador [Luis Carlos] Heinze. O ideal seria que eles se unissem. Nós estamos aguardando ainda uma definição. Temos tempo para isso. Por enquanto, o Republicanos está buscando trabalhar para uma união dos partidos que compõem a base de Bolsonaro no Estado.”

Republicanos

Questionado pelo jornal O Sul por que decidiu se filiar ao Republicanos, do chamado Centrão, o vice-presidente afirmou: “Isso é um termo pejorativo que se construiu em relação aos partidos que existem no nosso País, e o Republicanos eu considero que é um partido correto, um partido que pratica os valores da nossa nacionalidade, que tem muito claro o respeito aos princípios da administração pública, de legalidade e moralidade, e um partido que crê na existência de um Deus de todos os Exércitos”.

Aniversário de Porto Alegre

Ao comentar sobre os 250 anos de Porto Alegre, que serão celebrados no dia 26 deste mês, Mourão disse que nasceu no bairro Moinhos de Vento e, ainda pequeno, foi morar na Cidade Baixa, que, segundo ele, “está no seu coração. “Meu playground era o Parque da Redenção”, revelou. O general gaúcho também lembrou que estudou no Colégio Militar da Capital.

Futuro do Brasil

Ao ser questionado como vê o futuro do Brasil no contexto atual, Mourão afirmou que a pandemia foi um “meteoro que caiu em cima da gente”. “No embalo da aprovação da reforma previdenciária, veio a pandemia e estagnou a economia, não só no Brasil, mas no mundo todo”, disse.

“Agora, com o conflito na Ucrânia, vivemos um novo momento que afeta o Brasil positiva e negativamente. Vemos o reflexo do preço do petróleo, por exemplo. Por outro lado, as nossas commodities estão se valorizando nesse cenário. Isso permite que haja um ingresso de recursos que estão parados no exterior. Com isso, vemos a queda de diferença entre o real e o dólar. Há o lado negativo, representado pelo valor do combustível, mas também um ponto positivo”, disse Mourão. (Marcelo Warth)

O Sul

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