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quarta-feira, 30 de março de 2022

Mortes no trânsito crescem 11% no Rio Grande do Sul e voltam ao patamar pré-pandemia

 


Depois de uma queda histórica no primeiro ano de pandemia, as mortes no trânsito voltaram a crescer no Rio Grande do Sul. O Estado registrou 11% mais mortes em 2021 em comparação com o ano anterior. O relatório foi publicado pelo DetranRS nesta terça-feira (29), após acompanhamento dos 30 dias pós-acidente, quando são monitorados os feridos, e análise das informações.

A acidentalidade fatal voltou aos níveis de 2019, último ano antes da pandemia. Foram 1.624 mortes no trânsito em 2021, número significativamente maior que no ano passado, quando morreram 1.464 pessoas, mas com pequena variação em relação aos 1.617 de 2019.

Motociclistas seguem sendo as maiores vítimas proporcionalmente. Embora sejam 20% da frota, eles representaram 26% das mortes no trânsito em 2021, quando 421 motociclistas perderam a vida no RS. Esse percentual chega a quase 28% quando incluídos na conta os caronas de moto que morreram em acidentes de trânsito. Condutores representaram 30% dos mortos (476 pessoas) e pedestres, 17% (284 pessoas).

A proporção de homens e mulheres entre as vítimas de acidentes de trânsito historicamente chega perto de em cinco para um, ou seja, para cada mulher morta em acidente, morreram cinco homens. Jovens e adultos até 44 anos representaram a maior parte das vítimas, totalizando 867 pessoas mortas no trânsito gaúcho.

A análise dos números indica que os finais de semana seguem concentrando os maiores índices de acidentalidade, assim como o turno da noite. Trinta e oito por cento dos acidentes fatais ocorreram aos sábados e domingos, e 54% nos turnos da noite e madrugada.

Educação e fiscalização

O DetranRS vê esses dados com muita apreensão e a diretora institucional Diza Gonzaga aposta na Educação como um processo permanente de transformação social. “Por isso, a Escola Pública de Trânsito vai promover ainda mais a mudança de comportamento entre todos os que compartilham o espaço público, seja a pé, de bicicleta, de carro ou de que forma for. Para o período crítico, noites e madrugadas dos finais de semana, vamos intensificar a Balada Segura, que deve seguir firme e atuante, retirando de circulação aqueles motoristas que não tem condições de trafegar sem colocar em risco a sua segurança e a dos demais usuários das vias.”

A ideia da autarquia é reforçar o programa, com adesão de mais municípios, apoio técnico aos municípios já conveniados e formação de novos agentes no Estado.

Diza lembra que estes não são números “frios”: “Cada uma destas pessoas que perdeu a vida em 2021 não é apenas um número. Eles têm um rosto, um nome, uma história, uma família, sonhos interrompidos pelos sinistros no trânsito. Pois, para nós, cada morte é inaceitável. Isto já é preconizado pelo programa Visão Zero da Suécia, um exemplo a ser seguido por todos aqueles que acreditam que um trânsito mais humano e menos violento é possível, e que recentemente está sendo trazido para o nosso país”.

O Sul

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