Cerca de 10 mil pessoas se reuniram para assistir ao acontecimento
O novo foguete gigante da Nasa chegou nesta sexta-feira (18) à sua plataforma de lançamento, onde passará por uma série de testes que, se bem-sucedidos, permitirão que ele realize sua missão de chegar à Lua no verão boreal em um voo sem tripulação.
O foguete SLS deixou o prédio de montagem do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na quinta-feira à tarde, para um trajeto de 11 horas, transportado por um grande veículo até o lendário complexo de lançamento 39B, localizado a pouco mais de 6 km de distância, onde chegou às 4h15 (hora local).
Cerca de 10 mil pessoas se reuniram para assistir ao acontecimento.
Custo astronômico
Com a cápsula Orion em sua ponta, o SLS tem 98 metros de altura, mais alto que a Estátua da Liberdade, mas um pouco menos que os 110 do foguete Saturno V, que enviou o homem à Lua durante as missões Apollo.
No entanto, o SLS terá um impulso de 39,1 meganewtons, 15% a mais que o Saturno V, tornando-o o foguete mais potente do mundo. "É um símbolo do nosso país", disse a jornalistas Tom Whitmeyer, um alto funcionário da Nasa.
Um símbolo, porém, acompanhado de uma fatura de 4,1 bilhões de dólares por lançamento para as primeiras quatro missões Artemis à Lua, ressaltou o inspetor-geral da agência espacial americana, Paul Martin, perante o Congresso este mês.
Após a chegada à plataforma de lançamento, os engenheiros terão cerca de duas semanas para realizar uma série de testes antes de um ensaio geral de pré-lançamento.
Em 3 de abril, a equipe do SLS colocará mais de três milhões de litros de combustível criogênico no foguete e repetirá cada etapa da contagem regressiva até os últimos 10 segundos, sem ligar os motores.
O foguete será então desabastecido para uma demonstração de lançamento abortado em condições seguras.
Para a Lua e além
A Nasa prevê uma primeira janela de lançamento em maio para Artemis 1, uma missão lunar não tripulada que será a primeira a combinar o foguete SLS com a cápsula Orion.
O SLS primeiro colocará Orion na órbita terrestre baixa, antes de realizar uma "injeção translunar". Esta manobra é necessária para enviar Orion a mais de 450 mil quilômetros da Terra e quase 64 mil da Lua, mais longe do que qualquer outra nave tripulada já foi.
Durante sua missão de três semanas, Orion implantará 10 satélites chamados CubeSats, do tamanho de uma caixa de sapatos, que coletarão informações sobre o espaço profundo.
A cápsula viajará para o lado escuro da Lua usando seus propulsores fornecidos pela Agência Espacial Europeia (ESA), e então retornará à Terra, especificamente ao oceano Pacífico, na costa da Califórnia.
Para ver um voo de teste tripulado, será preciso esperar pela Artemis 2, programada para 2024, quando a cápsula dará a volta na Lua, sem pousar nela. Já a Artemis 3, prevista para 2025, levará a primeira mulher e a primeira pessoa negra ao solo lunar, no polo sul do satélite.
A Nasa quer testar na Lua algumas tecnologias que deseja utilizar durante suas futuras missões a Marte, na década de 2030.
AFP e Correio do Povo
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