sábado, 19 de março de 2022

IPE Saúde confirma dívida de cerca de R$ 1 bilhão com 323 hospitais

 Quase um milhão de usuários no RS podem ter os atendimentos nas unidades hospitalares suspensos



Uma reunião foi realizada nesta sexta-feira (18) entre representantes do IPE (Instituto de Previdência do Estado) Saúde, Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL). Há um impasse entre a autarquia estadual e os órgãos representativos dos hospitais, que haviam ameaçado, por sua vez, rescindir o contrato com o IPE Saúde. Entre os motivos, conforme a FEHOSUL e a federação das Santas Casas, são os atrasos nos repasses às unidades de saúde, a falta de reajustes sem acompanhar a inflação e a instituição da Tabela Própria de Remuneração.

O IPE Saúde confirmou que possui uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão com os 323 hospitais credenciados no Rio Grande do Sul. Tem, também, quase um milhão de usuários no Estado, que teriam, na prática, os atendimentos nas unidades hospitalares suspensos, caso se concretize a rescisão. As federações chegaram a estabelecer um “aviso prévio” dos hospitais à autarquia, em caso de descumprimento das demandas, e protocolaram um documento no IPE Saúde pedindo, entre outras medidas, a elaboração de um calendário de pagamentos. Até o fechamento desta edição, o que foi decidido da reunião de ontem não havia sido confirmado.

Também nesta sexta-feira, o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs) se manifestou sobre o que chamou de “desmonte do IPE Saúde”, que, nas palavras do órgão, “faz parte da política de desmonte de Eduardo Leite e de outros governadores”. O Sintergs afirmou que está articulando, com outros sindicatos e entidades, o fortalecimento do órgão, defendendo “a cobrança dos devedores do Instituto, cujo passivo ultrapassa R$ 3,4 bilhões”, conforme levantamento de 2013, assim como a reposição da inflação ao salário dos servidores, o que ampliaria a receita do instituto.

AFP e Correio do Povo

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