Líderes de países mais industrializados anunciaram o banimento parcial dos bancos russos do sistema de pagamentos global
Líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, anunciaram neste domingo que vão cortar os bancos russos do sistema mundial de comunicação interbancária, chamado Swift. A medida é mais uma sanção para pressionar a Rússia, após a invasão da Ucrânia.
O Swift, Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, é um sistema de comunicação que permite o pagamento e a transferência de recursos entre empresas de diferentes países, padronizando as informações financeiras.
Em comunicado divulgado pela Casa Branca, as nações escreveram que a medida “garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente”.
Como funciona
Sediada e gerida na Bélgica, a Swift foi criada por americanos e europeus em 1973 e reúne hoje 11 mil instituições financeiras conectadas em mais de 200 países.
Na prática, ele funciona como um sistema de mensagens em tempo real que permite os bancos e as empresas informem uns aos outros sobre os pagamentos que serão realizados e já foram recebidos. Só no ano passado, mais de 42 milhões de mensagens foram trocadas por dia.
O objetivo do consórcio é garantir que os usuários em todo o mundo se comuniquem de forma rápida e segura. Vale reforçar que o mecanismo não é um sistema de pagamentos e sim um serviços de mensagens.
Consequências da expulsão
A remoção da Rússia da Swift bloqueia os bancos russos de viabilizar pagamentos em suas transações comerciais. Como o país é um grande exportador de petróleo e gás natural para a União Europeia, muitos países dependem desse fornecimento.
A maior implicação é que as empresas de outros países também ficam impedidas de fazer negócios, ou seja, há efeitos colaterais para as economias e o sistema financeiro global.
Preocupações
Alguns países relutaram em cortar o acesso da Rússia à rede de transferência interbancária devido a preocupações sobre como os pagamentos das importações de energia russa seriam feitos e se os credores da UE seriam pagos.
“Swift é a arma nuclear financeira, é o que permitiria que as instituições financeiras russas fossem cortadas de outras instituições em todo o mundo”, segundo o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire. “Quando você tem uma arma nuclear nas mãos, pensa antes de usá-la, alguns Estados membros têm reservas, a França não é um deles”, acrescentou.
O porta-voz do governo alemão disse que expulsão da Rússia do Swift tem um enorme impacto nas transações para a Alemanha e para empresas alemãs na Rússia.
R7 e Correio do Povo
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