Nova roda de negociações deve acontecer, mas russos seguiram avançando para dominar Kiev
A primeira tentativa de conversa entre Rússia e Ucrânia desde a invasão russa terminou sem avanço nesta segunda-feira em Belarus. Uma nova rodada de negociação deve ocorrer, o que não impede que as tropas de Vladimir Putin continuem sua ofensiva, apesar do pedido do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, de um cessar-fogo imediato.
Autoridades ucranianas disseram que pelo menos 11 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas na cidade de Kharkiv, a segunda maior do país. O ataque incluiu bombardeios e combates de rua. ONGs denunciaram que houve uso de bombas de fragmentação na cidade.
Oleh Synehubov, chefe da Administração Estatal Regional de Kharkiv, disse ontem que dezenas estavam morrendo e que a cidade já havia confirmado as mortes. Chamou os ataques da Rússia de "um crime de guerra".
"O inimigo russo está bombardeando áreas residenciais inteiras de Kharkiv, onde não há infraestrutura crítica, onde não há posições das Forças Armadas da Ucrânia que os russos possam mirar", disse ele em mensagem no Telegram.
Quando o bombardeio começou, muitos moradores de Kharkiv faziam fila em mercearias e outras lojas para reabastecer os suprimentos depois de ficarem trancados por vários dias.
Bombas de fragmentação
Mark Hiznay, diretor associado da divisão de armas da Human Rights Watch, disse ao jornal americano The Washington Post que as forças russas usaram foguetes de munição cluster smerch, que dispersam submunições ou bombas durante o ataque.
A Human Rights Watch, a Anistia Internacional e o grupo de código aberto Bellingcat identificaram o uso de munições cluster em outros ataques russos na Ucrânia nos últimos dois dias.
"Como o plano de ‘operação especial’ de Putin para desmoralizar rapidamente o Exército ucraniano e ocupar grandes cidades sem oposição parece ter falhado, podemos ver um retorno aos bombardeios de área, que causaram tantos danos aos civis chechenos e sírios", afirmou o Conflict Intelligence Team, um grupo de inteligência de código aberto que monitora as Forças Armadas da Rússia, em um tuíte publicado ontem.
O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse ontem mais cedo que pelo menos 15 combatentes ucranianos e 16 civis ficaram feridos.
Foguetes
O conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, escreveu em uma publicação no Facebook, também ontem, que "Kharkiv acaba de ser atacada massivamente por graduados" com "dezenas de mortos e centenas de feridos". Ele se referiu aos foguetes russos BM-21 "Grad" de 122 mm disparados de lançadores de foguetes múltiplos montados em cima de caminhões.
Kharkiv, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes a cerca de 40 quilômetros da fronteira com a Rússia, emergiu como um dos principais alvos de Moscou para avançar além do leste e chegar à capital da Ucrânia, Kiev.
Os ataques ocorreram enquanto delegações russas e ucranianas conversavam na fronteira da Ucrânia com Belarus, um importante aliado russo. Depois de dias de combates em torno de Kharkiv, as forças russas tomaram a cidade brevemente no domingo, mas foram repelidas horas depois.
Sem acordo
As conversas entre autoridades russas e ucranianas terminaram sem avanços na fronteira de Belarus, ontem, disse a agência estatal russa Tass. As delegações russa e ucraniana concordaram, porém, com uma segunda rodada de negociações, anunciaram ambas as partes, depois de encerrarem a reunião e retornarem às suas respectivas capitais para consultas.
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que exigem algumas decisões", disse Mikhailo Podoliak, um dos negociadores ucranianos, enquanto o chefe da delegação russa, Vladimir Medinski, indicou que nova reunião acontecerá "em breve" na fronteira entre a Polônia e Belarus.
No encontro de ontem, as delegações dialogaram por mais de cinco horas. "Os partidos delinearam algumas questões prioritárias sobre as quais algum progresso está à vista", disse o assessor do gabinete presidencial ucraniano, Majail Podolyak, em um vídeo transmitido pelo aplicativo de mensagens Telegram.
Agência Estado e Correio do Povo
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