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quinta-feira, 31 de março de 2022

Deputado federal Daniel Silveira cede e admite colocar tornozeleira devido à “imposição de sequestro de bens”

 


O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) disse nesta quarta-feira (30) que colocará a tornozeleira eletrônica após ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar o “sequestro de bens” do parlamentar.

Moraes determinou nesta quarta-feira (30) que o Banco Central bloqueasse as contas bancárias ligadas a Silveira para garantir o pagamento de uma multa diária de R$ 15 mil caso o deputado continuasse se recusando a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

“Não vou aceitar. Vou colocar [a tornozeleira] por imposição de sequestro de bens”, disse o deputado na noite desta quarta-feira (30).

Questionado se colocaria o equipamento ainda nesta quarta, Silveira disse que não sabia e que quando a Polícia Federal (PF) resolvesse tinha “que ir lá botar”. Ele disse ainda que não iria até a PF cumprir a medida.

“Eu não tenho que ir a PF, eu não tenho que me apresentar a lugar nenhum”, afirmou o deputado.

O parlamentar disse também que não entrou em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. A ordem para colocação da tornozeleira foi dada na terça-feira (29) pelo ministro Alexandre de Moraes sob a alegação de que o deputado voltou a desrespeitar decisão judicial ao retomar os ataques públicos ao STF e a instituições.

Em discurso no plenário na terça, Silveira afirmou que não aceitaria a decisão do ministro. Ele passou a noite no gabinete sob a alegação de que a polícia não pode agir contra deputados dentro do Congresso Nacional.

No entanto, Moraes autorizou a Polícia Federal e a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal a cumprirem a decisão dentro da Câmara dos Deputados, se necessário.

Mais cedo, policiais federais e civis estiveram na Câmara dos Deputados para cumprir a ordem judicial de colocação de tornozeleira eletrônica no deputado Daniel Silveira, mas ele se recusou a assinar o termo de cumprimento da medida.

O Sul

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