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terça-feira, 29 de março de 2022

Chrome é agora mais rápido do que o Safari no macOS

 


Em anúncio recente, a empresa Google afirmou que, com as últimas atualizações no Chrome, o desempenho do navegador teve uma melhoria notável nos dispositivos Mac da Apple, superando a velocidade do Safari, o tradicional browser da marca da maçãzinha.

Segundo dados da plataforma Speedometer, responsável por avaliar a rapidez de resposta dos navegadores, a nova versão do Chrome agora tem uma pontuação acima de 300, sendo até 15% mais veloz do que o Safari em termos de performance gráfica.

De acordo com o Google, a expectativa é de que eles consigam ampliar ainda mais essa diferença, motivo pelo qual eles seguem com investimentos pesados em otimizações e recursos inovadores.

Uma questão de velocidade

Importante notar que, apesar de os navegadores terem uma influência na velocidade de acesso à internet, eles não são nem de longe os únicos fatores a serem considerados. Elementos por vezes ignorados, como seu provedor, o sinal do Wi-Fi e problemas do dispositivo, são igualmente (ou mais) decisivos na rapidez da conexão.

Estrangulamento da largura de banda

O estrangulamento da largura de banda (ou bandwidth throttling, em inglês), por exemplo, é uma prática que afeta muito o desempenho da rede. Realizado por alguns provedores de internet para “aliviar” o congestionamento da rede em determinados horários ou durante o uso de certas plataformas, o estrangulamento acarreta a redução intencional da velocidade da internet dos usuários.

Para se proteger contra essa política controversa dos provedores, muitos usam programas como as redes virtuais privadas (VPN). O motivo é que, ao utilizar um cliente de VPN para Mac, os usuários conseguem criptografar o tráfego de dados da rede e impedir que o provedor de internet veja para que página ou serviço a conexão está sendo usada – impossibilitando, assim, que eles consigam reduzir a velocidade de forma discriminatória.

Plano de dados insuficiente

Um outro caso é quando a conexão é lenta apenas quando há um excesso de usuários conectados ao mesmo tempo, o que pode indicar que a questão é simplesmente a insuficiência do plano de dados. Uma primeira medida é usar um teste de velocidade para verificar se o provedor está fornecendo a largura de banda anunciada pelo plano (ou se a rede está sofrendo estrangulamento).

Caso a velocidade seja compatível com o esperado, talvez seja hora de atualizar o plano para um pacote maior ou trabalhar no gerenciamento da rede – isto é, controlar quem pode acessá-la e em que horário.

Para entender por que a lentidão ocorre nessas circunstâncias, é preciso imaginar a conexão como sendo um túnel. Se a demanda por “espaço” para o fluxo dos dados é maior do que a largura da banda disponível, acontece algo semelhante a um “engarrafamento” virtual. Conforme mais e mais solicitações de internet são feitas, maior é o atraso na entrega desse tráfego e, assim, menor a velocidade geral da conexão.

Sinal de Wi-Fi fraco

Outra causa comum de lentidão na rede é o sinal do Wi-Fi. Seja por interferência das paredes, da distância do roteador ou mesmo de outros aparelhos na casa, a intensidade do Wi-Fi pode variar bastante e reduzir a velocidade da internet.

Uma forma de consertar esse problema é simplesmente mudar a localização do roteador. A melhor escolha é colocá-lo numa posição elevada e central na casa, mas longe de possíveis interferentes, como caixas de som por Bluetooth.
No caso de isso não solucionar a situação, outra opção é adquirir um roteador projetado para espaços maiores ou ainda adicionar um repetidor de sinal para prolongar seu alcance ao longo da residência.

Dispositivo antigo ou desatualizado

Muitas vezes o problema não está necessariamente na rede, senão nos dispositivos usados nela. De nada importa a potência do sinal do Wi-Fi se os computadores, tablets, celulares ou consoles de videogame conectados a ele estiverem desatualizados e não puderem processar a toda a velocidade da rede.

Um método de resolver isso é, obviamente, trocar os aparelhos por modelos mais novos. Mas, como essa tática não é a mais econômica, uma alternativa é reiniciar os dispositivos. O processo acaba por limpar a memória deles, livrando-os de qualquer excesso desnecessário e atualizando a conexão. Isso é efetivo porque problemas de velocidade são comumente associados à sobrecarga do processador, e o reiniciar do aparelho alivia esse estresse.

Concorrência dura para o Safari

Voltando à questão do Safari, infelizmente não é apenas em relação à velocidade que o navegador tem perdido mercado. Embora seja verdade que ele nunca foi a escolha mais popular, estando bem atrás do Chrome nesse domínio, o browser da Apple se mantinha até então como um sólido segundo colocado. No entanto, isso parece estar mudando.

Novos dados têm mostrado uma tendência em nível global do aumento da popularidade de dois outros navegadores, o Microsoft Edge e o Firefox. Para se ter ideia do quão acirrada está a disputa, segundo dados do começo de 2022 pela companhia StatCounter, o Safari é usado por 9,84% dos usuários de desktop, enquanto o Edge e o Firefox contam com, respectivamente, 9,54% e 9,18% do mercado.

Entre os possíveis motivos para esses números, destacam-se as alterações realizadas pela Apple em seu navegador padrão, como a unificação da barra de endereço com a guia do browser. Após a atualização, muitos usuários ficaram descontentes e deixaram de utilizá-lo.

Além disso, o Safari não parece ter acompanhado a evolução dos outros navegadores, que ganharam funcionalidades importantes ao longo dos anos, e segue com o mesmo padrão antigo e modesto da sua origem. Ultrapassado nesse quesito, é natural que sua popularidade caia com o tempo.

Em suma, a menos que a Apple decida investir mais em seu navegador e torná-lo novamente competitivo, a tendência é que sua popularidade entre os internautas siga em declínio.

O Sul

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