O Senado da Argentina aprovou na quinta-feira (17) um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), permitindo a reestruturação da dívida do país, de US$ 45 bilhões, com o qual tentará frear a inflação, de mais de 50% ao ano.
O projeto obteve 56 votos a favor, 13 contra e três abstenções, em uma sessão que durou quase dez horas. A praça do Congresso foi cercada sob forte vigilância policial, após os acontecimentos da semana passada, quando a Câmara dos Deputados aprovou o empréstimo, e manifestantes apedrejaram o prédio e quebraram algumas janelas, incluindo as do gabinete da vice-presidente Cristina Kirchner.
O empréstimo servirá para reestruturar o programa stand-by recebido em 2018 durante o governo do liberal Mauricio Macri, cujos vencimentos de cerca de US$ 19 bilhões este ano, outros US$ 20 bilhões em 2023 e mais US$ 4 bilhões em 2024, a Argentina não pode pagar.
Para entrar em vigor, o acordo deverá ser submetido à aprovação da diretoria do FMI, em Washington (EUA). O presidente argentino Alberto Fernández, de centro-esquerda, agradeceu aos parlamentares que apoiam o projeto. “Vamos ter um horizonte mais claro. Saberemos que há um problema que não foi resolvido, mas que começa a ser resolvido, que é essa dívida maldita que herdamos”, disse ele.
O Sul
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