A viagem de Sérgio Moro (Podemos) à Alemanha, em meio à janela partidária, incomodou aliados do ex-juiz que trabalham para filiar pré-candidatos e montar palanques nos Estados.
Entusiastas da candidatura de Moro à Presidência da República defendem que ele deveria estar no Brasil durante o período de negociações eleitorais. Além da falta de palanques em Estados estratégicos, como o próprio Paraná, onde nasceu, São Paulo e Minas Gerais, maiores colégios eleitorais do País, o Podemos recentemente sofreu baixas e viu a sua bancada na Câmara dos Deputados diminuir.
“É uma viagem inadequada”, afirmou o deputado federal José Nelto (Podemos), que é defensor da candidatura do ex-juiz e um dos que tentaram articular o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à campanha de Moro. “Estou 24 horas filiando pré-candidatos a deputado federal e estadual. Essa é a missão de todo presidenciável”, destacou.
Pessoas próximas à direção da sigla disseram, sob a condição de anonimato, que a agenda de Moro na Alemanha gerou um mal-estar dentro da própria campanha. Além do momento inoportuno, há quem considere a viagem pouco relevante para a disputa presidencial. “Ele deveria estar percorrendo o Brasil”, disse um aliado, que preferiu não se identificar.
Outra pessoa de dentro da campanha afirmou que o ex-juiz poderia, neste momento, estar participando de conversas com MDB, PSDB e União Brasil, que articulam a escolha de uma candidatura única para concorrer ao Palácio do Planalto.
O Sul
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