Tragédia já é uma das maiores da história do país
Além dos 140 mortos e 191 desaparecidos, as chuvas em Petrópolis (RJ) desfiguraram a paisagem da cidade serrana com deslizamentos de terra e lama. É o que mostra um vídeo com imagens obtidas do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), do Ministério do Desenvolvimento Regional, com imagens de satélite do The International Charter Space and Major Disasters.
O vídeo mostra o antes e depois de três regiões do município: Morro da Oficina, rua Teresa e rua Manoel Vieira Bayão. Com o apoio do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), o Cenad usará as imagens para elaborar um mapa das áreas do município mais afetadas pelas chuvas.
Petrópolis foi devastada por um temporal na terça-feira (15) e até este sábado (19) sofre com a chuva, que ainda torna o tempo instável e preocupante. O solo encharcado e o retorno da chuva durantes os dias representam riscos de novos deslizamentos.
De acordo com os últimos dados da Prefeitura de Petrópolis, 72 vítimas foram sepultadas no cemitério do centro. No dia seguinte ao temporal, uma pessoa foi enterrada. Na quinta-feira foram 17 e ontem (18) houve 35 sepultamentos. Hoje, até as 11h30, foram realizados 19 enterros.
O número de mortos já torna o episódio uma das piores tragédias ambientais da história do município e do Brasil. O desastre desse ano só não superou ainda o episódio do verão de 2011, que deixou 918 mortos e 30 mil desabrigados.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi visitar a região e descreveu o cenário como "quase que de guerra". Ele anunciou que o governo federal vai liberar R$ 2,3 milhões de recursos para a reconstrução da cidade. O governo também montou uma força-tarefa para auxiliar nos resgates.
Desde a terça-feira, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro mantém os trabalhos de busca e resgate das vítimas durante 24 horas. Mais de 500 militares atuam nas ações, distribuídas por todos os locais críticos. Segundo os bombeiros, as três áreas principais são o Morro da Oficina, a rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas.
R7 e Correio do Povo
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