O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou por unanimidade nesta terça-feira (8) o pedido de fusão do DEM e PSL, para formar o União Brasil. O relator do processo na Corte é o ministro Edson Fachin, que votou de maneira favorável à integração dos partidos.
Em seu voto, Fachin afirmou ter verificado o cumprimento de todos os requisitos necessários para que a fusão fosse aprovada.
Com o pedido seja aprovado, o União Brasil passa a ser o partido com maior bancada na Câmara. Também terá a maior fatia dos fundos partidário e eleitoral, e do tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio, o que faz ser cortejado por alguns presidenciáveis.
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, por exemplo, pode trocar o Podemos pelo União Brasil. O presidente Jair Bolsonaro, que vai tentar a reeleição, também tenta uma aproximação com o partido resultante da fusão, podendo abrir mão de candidaturas de bolsonaristas nos estados em prol de integrantes da nova sigla. O deputado federal Luciano Bivar (PE) é o presidente da nova sigla.
Maior bancada
Somados, os dois partidos compõem a maior bancada na Câmara dos Deputados – o DEM tem 26 deputados atualmente, e o PSL, 55. Com a fusão, no entanto, parte desses 81 parlamentares deve deixar o grupo e procurar nova filiação.
Os 55 deputados atualmente no PSL, sozinhos, já compõem a maior bancada da Câmara. O PT é o segundo maior partido na Casa, com 53 deputados. No Senado, se não houver baixas, o União Brasil terá sete senadores – cinco do DEM e dois do PSL.
Histórico
O PSL foi o partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu, em 2018. Em 2019, divergências entre o presidente e seus aliados e o presidente da legenda, Luciano Bivar, levaram a uma disputa tanto pelo comando do partido quanto pelo comando da liderança da sigla na Câmara.
Em novembro daquele ano, o presidente deixou o partido e anunciou a criação de uma nova legenda, chamada Aliança pelo Brasil. Mas o partido ainda não obteve o número mínimo de assinaturas para a criação. Bolsonaro está filiado atualmente ao PL, por onde deverá concorrer à reeleição.
O Democratas, antigo PFL, chegou a ter o comando das duas Casas do Congresso Nacional – quando tinha o deputado Rodrigo Maia como presidente da Câmara e Davi Alcolumbre como presidente do Senado.
O Sul
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