Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o governador João Doria (PSDB) defendeu nesta terça-feira (22) a manutenção das candidaturas da chamada terceira via, mas admitiu publicamente pela primeira vez que “lá adiante” pode abrir mão em prol de outro nome.
“Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil”, afirmou o governador diante de uma plateia de empresários e investidores no CEO Conference 2022, evento organizado pelo banco BTG Pactual.
Ao falar no mesmo evento antes de Doria, Moro foi no caminho oposto e deixou claro que não abre mão da disputa. “Não faz sentido abdicar da pré-candidatura se ela tem o maior potencial para vencer extremos”, completou.
O timing do momento da unidade da terceira via também destoou. “A gente precisa se unir, acho que isso é urgente, eu faria isso de bom grado”, disse Moro.
“Aquelas [candidaturas] que compõem esse centro democrático liberal e social, nós temos que manter até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários”, rebateu o tucano, citando os nomes do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) e da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O Sul
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