Governador deve migrar para o PSD, partido do prefeito, em março, a fim de concorrer ao Palácio do Planalto
Apesar de o senador Rodrigo Pacheco (MG) não ter concretizado a desistência da sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, no Rio Grande do Sul integrantes do PSD já reforçam o nome de Eduardo Leite (PSDB) para a vaga e garantem lealdade ao tucano. "Queremos muito que ele seja o nosso candidato a presidente", enfatizou Jairo Jorge (PSD), prefeito de Canoas e importante nome dentro da sigla, em entrevista ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba, nesta sexta-feira.
O prefeito ainda reforçou que o nome de Leite como única alternativa capaz de se viabilizar como terceira via. Entre os motivos apresentados, está o carisma. "Para você enfrentar (Lula e Bolsonaro) você precisa de um líder que tenha carisma, o que as outras opções não tem".
"Nós do PSD do RS estamos com o governador independente da sua decisão. Temos um apoio incondicional a ele. Se ele decidir não ser candidato e apontar um nome, nós vamos estar com o nome que ele apontar. Se ele decidir ir à reeleição, nós vamos estar ao lado dele. Se ele decidir se filiar ao PSD e ser nosso candidato à presidência nós vamos estar lá nas ruas do Rio Grande e do Brasil para levar o nome dele", enfatizou.
Alianças devem ser lideradas por Leite
Sobre o cenário político estadual, o prefeito reiterou que as costuras políticas para sucessão ao governo do Estado serão lideradas por Leite. Mas reforçou que os possíveis partidos envolvidos precisam ter como objetivo principal a continuidade do trabalho realizado nos últimos anos. Para concretizar sua candidatura ao Planalto, Leite precisa renunciar ao cargo de governador até abril. Com isso, assume o vice-governador, Ranolfo Vieira Jr. (PSDB).
"Eu entendo que o Delegado Ranolfo é o melhor nome para dar continuidade a esse projeto. Pela sua liderança, sua capacidade. Ao assumir o governo, todos os predicados que ele tem de sobra estarão à vista de todos os gaúchos. Mas é claro que isso tem que fazer aliança, uma discussão", opinou o prefeito. Entre as possíveis coalizações, citou o MDB, PSDB e União Brasil.
Com o migração do governador, é esperado que uma leva de tucanos e demais políticos também decidam ir para o PSD. "Não vamos assediar ninguém", garantiu Jairo Jorge, mas "as portas estarão abertas, vamos estender o tapete do tamanho e das cores do Rio Grande para aqueles que queiram estar com o governador". A expectativa é montar uma bancada com, pelo menos, quatro deputados federais e estaduais.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário