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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Implosão do prédio da SSP/RS contará com 200 quilos de explosivos

 Rodoviária de Porto Alegre será fechada durante a detonação, no dia 6, das 7h às 12h



A implosão do prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), afetado por um incêndio no ano passado em Porto Alegre, está marcada para acontecer no próximo dia 6, em um domingo às 9h. Para a ação, serão utilizados 200 quilos de explosivos e estima-se que serão geradas 20 mil toneladas de detritos, segundo detalhamento feito nesta sexta-feira pelo Estado, com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior. Por conta operação, serão evacuados imóveis em um raio de 300 metros. De acordo com o Estado, serão distribuídos materiais impressos para os moradores na próxima semana trazendo maiores informações. 

A implosão envolverá 28 instituições públicas e privadas. Com o custo de R$ 3,15 milhões, a empresa responsável por colocar abaixo a edificação comprometida é a mesma que realizou o serviço no antigo presídio do Carandiru e no Palace II. “Essa obra nos remete às características da implosão do Palace II, em que, em uma escala de cinco a dez a dificuldade foi dez. Entendemos que, na mesma escala, o prédio da SSP está no nível oito de dificuldade”, explicou o engenheiro responsável Manoel Jorge Diniz Dias, da FBI Arquitetura, com sede em Cotia, em São Paulo. Tendo convivido com o pioneiro da área da implosão no Brasil, o engenheiro Hugo Takahashi, ele citou uma frase do mentor para definir a ação. “Toda implosão é uma tragédia com hora marcada. É praticamente uma operação de guerra”, disse. 

Dias acredita que a retirada desse entulho leve cerca de um mês, mas pela localização do terreno, com vias de acesso que darão vazão aos caminhões, não deverá haver transtorno à população. A estrutura colapsada será envolta, do térreo até o quarto andar, com quatro camadas de telas de proteção reforçadas para evitar que eventuais detritos escapem.

Conforme o vice-governador e titular da pasta da Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, que conduziu a apresentação, até o final de março será definido o destino do terreno. As opções são a construção de um novo prédio para a SSP no local ou então realizar uma permuta, onde quem assumir a área construirá uma nova sede para a pasta em outro ponto. 

Imóveis evacuados

A operação começará ainda na véspera. A partir das 18h, não será mais permitido o acesso ao perímetro, sendo liberada apenas a saída de moradores pela BM. Às 7h do domingo, os policiais militares e agentes da Defesa Civil realizarão uma vistoria nos domicílios, confirmando a desocupação total. Vagas de estacionamento do perímetro serão isoladas pela Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) desde o final da tarde do sábado. Junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a EPTC realizará o bloqueio de 14 pontos em locais das avenidas Castelo Branco, Júlio de Castilhos e Farrapos. 

Rodoviária e Trensurb

As mudanças na mobilidade urbana se darão também com o fechamento da Rodoviária de Porto Alegre e de três estações da Trensurb. As últimas saídas e chegadas de ônibus à Capital ocorrerão às 7h. Logo em seguida, terá início a evacuação total da edificação no Largo Vespasiano Júlio Veppo e, até o meio-dia, o Terminal Conceição servirá com o uma rodoviária temporária. Ao todo, estão previstas 54 saídas e 30 chegadas em Porto Alegre nesse intervalo. 

No Trensurb, as estações São Pedro, Rodoviária e Mercado não abrirão na manhã de domingo. Os embarques e desembarques mais próximos do Centro só ocorrerão na Estação Farrapos. Para atender aos cerca de 10 mil usuários que utilizam o trem nas manhãs de domingo, a EPTC vai disponibilizar ônibus para passageiros da estação Farrapos até a estação Mercado.

Correio do Povo

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