terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Hamilton Mourão diz que avalia filiação ao PP ou Republicanos para concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul

 O vice-presidente Hamilton Mourão disse que avalia se filiar apenas a dois partidos: o PP e o Republicanos. Ele deve se lançar candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, mas ainda não transferiu seu título de eleitor de Brasília para o Estado. Mourão tem até o dia 2 de abril deste ano para estar filiado a um partido e ter domicílio eleitoral no Rio Grande do Sul para poder participar da disputa, que será em outubro.

Mourão deu rápida entrevista à imprensa nesta segunda. Assim como na sexta-feira, ele usava uma máscara com a bandeira gaúcha. Ele disse que vai voltar para o Sul e, questionado se está conversando com partidos, confirmou: “Claro! A notícia chegará no momento certo.”

Perguntado quais são os partidos, disse: “Os partidos que estão na nossa base. O PP, o Republicanos.”

Depois afirmou que está conversando só com esses dois e que a informação do partido escolhido sairá em breve. Indagado se já transferiu o título de eleitor para o Rio Grande do Sul, respondeu que ainda não, mas fará isso até o fim deste mês.

Com a viagem do presidente Jair Bolsonaro para a Rússia, Mourão assumirá interinamente a Presidência da República. Ele disse que terá um compromisso como presidente em exercício em São Paulo na quinta. Na sexta, quando Bolsonaro já terá retornado, vai participar da Festa da Uva em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Questionado se Bolsonaro lhe deixou alguma missão, afirmou: “Vou falar com ele (…). Normalmente não tem nada de mais.”

Candidatos

O cenário ainda incerto em torno da formação de chapas para o governo do Rio Grande do Sul reflete-se na indefinição dos nomes que vão concorrer às duas cadeiras para o Senado pelo Estado. Por enquanto, somente estão confirmados pelos seus respectivos partidos os dois atuais senadores gaúchos Paulo Paim (PT) e Ana Amélia (PP), que tentarão a reeleição.

Outros partidos lançaram cinco nomes para o Senado, mas ainda sem bater o martelo – as duas vagas têm sido usadas como moeda de troca para formar alianças na disputa pelo governo do Estado.

O MDB, do governador José Ivo Sartori, indica que Germano Rigotto, ex-governador do Estado, poderá ser o nome da sigla para o Senado. Segundo o presidente estadual do partido, o deputado federal Alceu Moreira, Rigotto possui apoio de grande parte dos prefeitos e vereadores do MDB gaúcho e é o “candidato natural”.

O quadro, entretanto, está indefinido, segundo Moreira, para não atrapalhar as negociações com outros partidos para formação da chapa de Sartori, que poderá concorrer à reeleição.

Uma dessas “portas abertas” é com o PSB. O partido e o MDB são aliados na administração Sartori. De acordo com Moreira, a segunda vaga ao Senado na chapa do MDB estaria destinada a um pessebista. “Em princípio, se o PSB confirma a parceria conosco, será o Beto Albuquerque”, afirmou. Um entrave, contudo, é que outro pessebista, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati, também quer disputar uma vaga no Senado. Ele trocou o PDT pelo PSB este ano justamente com este objetivo.

Dos principais partidos que possuem candidatos ao Piratini, o PSDB e o PDT ainda não indicaram oficialmente nomes para o Senado e estão trabalhando em alianças para compor a chapa. O presidente estadual do PDT, o deputado federal Pompeo de Mattos, afirmou que a vaga ao Senado está colocada na mesa como elemento de troca. “Está disponível para negociação. Podemos ter candidato, bem como compor com outros partidos”, disse.

Para a constituição da chapa de Jairo Jorge ao governo gaúcho, o PDT aguarda as alianças serem feitas para a candidatura de Ciro Gomes ao Planalto. “Temos esperança com PSB por causa de um acordo nacional que pode acontecer”, afirmou Pompeo de Mattos. Já o PSDB afirmou que ainda não tem nada definido com relação ao Senado.


O Sul

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