Anúncios foram feitos neste domingo pela União Europeia, que decidiu aumentar pressão sobre a Rússia em razão da guerra
A União Europeia (UE) aumentou consideravelmente neste domingo a pressão sobre a Rússia por sua invasão à Ucrânia, e autorizou um pacote de 450 milhões de euros para a compra e entrega de armas às forças ucranianas.
"Esta é a primeira vez na história da União Europeia que fazemos isso", declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, após uma reunião de chanceleres europeus em Bruxelas. O pacote de ajuda incluiria provisões no valor de 50 milhões de euros para a compra e entrega de combustível e equipamentos médicos para a Ucrânia, acrescentou.
Durante a coletiva de imprensa, Borrell chegou a dizer que a UE apoiará que países do bloco enviem à Ucrânia aviões de combate. "Não estamos falando apenas de munição. Estamos fornecendo armamento mais importante para uma guerra", ressaltou.
Borrell explicou que o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, "havia mencionado a necessidade de aviões que os ucranianos possam pilotar. Certos membros da UE dispõem desses aviões".
O chefe da diplomacia europeia agradeceu uma oferta feita pela Polônia para servir como plataforma de entrega do material bélico à Ucrânia através da fronteira em comum.
Bloqueio ao Banco Central russo
Além de disponibilizar esses fundos para a compra de armamento, os chanceleres europeus fecharam um acordo político para bloquear as transações do Banco Central russo. "Mais de metade das reservas do Banco Central da Rússia serão bloqueadas, uma vez que elas são mantidas nos países do G7", afirmou Borrell.
Em sua videoconferência, os chanceleres europeus também confirmaram a exclusão de um grupo de bancos russos do sistema interbancário Swift, ferramenta fundamental para operações financeiras em escala global.
O governo ucraniano pressiona a UE para que exclua todo o sistema financeiro russo da rede Swift, mas, por enquanto, apenas um grupo seleto de bancos será afetado.
Borrell anunciou hoje que os chanceleres também aprovaram mecanismos para desarticular a atividade de órgãos da imprensa controlados pelo Estado russo em território europeu.
AFP e Correio do Povo
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