Recurso permite a movimentação financeira internacional
Estados Unidos, Canadá, União Europeia e Reino Unido acordaram, neste sábado, bloquear bancos russos "selecionados" do sistema global de mensagens financeiras Swift. Além disso, vão impor "medidas restritivas" ao Banco Central da Rússia em retaliação à invasão da Ucrânia.
As medidas foram anunciadas conjuntamente como parte de uma nova rodada de sanções financeiras destinadas a "responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para (o presidente russo Vladimir) Putin". As restrições ao banco Central visam US$ 600 bilhões em reservas que o Kremlin tem à sua disposição.
"Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente", escreveram as nações em comunicado conjunto divulgado pela Casa Branca.
O Swift (abreviação de Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é uma rede de comunicações que conecta bancos em todo o mundo. O consórcio com sede na Bélgica liga mais de 11.000 instituições financeiras que operam em mais de 200 países e territórios, atuando como um centro crítico que permite pagamentos internacionais.
Porém, por se tratar de uma abordagem direcionada, ou seja, não implica toda a Rússia como deseja a Ucrânia, significa que o país, pelo menos por enquanto, ainda poderá colher receitas de suas vendas de gás para a Alemanha, Itália e outras potências europeias.
Até o início dos ataques militares russos na semana passada, a Alemanha e a Itália se opuseram à proibição geral de transações com a Rússia, que cortaria cerca de 40% da receita do governo russo. Mas nos últimos dias, sua postura começou a mudar.
Aliados de ambos os lados do Atlântico também consideraram a opção Swift em 2014, quando a Rússia invadiu e anexou a Crimeia e apoiou forças separatistas no leste da Ucrânia. A Rússia declarou então que expulsá-la do sistema seria equivalente a uma declaração de guerra.
Agência Estado e Correio do Povo
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