A embaixada do Brasil em Kiev disse nesta semana que os cidadãos brasileiros na Ucrânia devem manter-se em alerta em meio ao aumento da tensão na região.
A representação diplomática afirmou em um comunicado que acompanha a situação de perto mas não recomenda a retirada dos brasileiros que moram no país.
“Os cidadãos brasileiros devem manter-se alertas e sempre atualizados”, disse a embaixada. “Não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”.
No sábado (12), a Alemanha, Lituânia, Arábia Saudita e Israel pediram que seus cidadãos deixassem a Ucrânia. EUA, Reino Unido, Japão, Holanda e Coreia do Sul já haviam feito a mesma recomendação.
Em nota, a embaixada brasileira em Kiev disse estar em próxima coordenação com as autoridades ucranianas e com a comunidade diplomática local, composta de representações de 80 países.
A embaixada também pediu que brasileiros que vivam ou que estejam na Ucrânia se registrem junto à representação pra facilitar a comunicação.
Telefonema
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, conversaram neste sábado (12) por telefone sobre a escalada da crise na Ucrânia.
Em um comunicado, a Casa Branca informou que o presidente Biden disse a Putin que os EUA estão abertos à diplomacia, mas “preparados para outros cenários”.
“O presidente Biden deixou claro que, se a Rússia realizar uma nova invasão da Ucrânia, os EUA, juntamente com nossos aliados e parceiros, responderão de forma decisiva para impor uma resposta imediata com custos severos à Rússia”, disse o governo americano em nota.
Já Putin repetiu algo que havia dito anteriormente: que a resposta dos EUA às principais demandas de segurança da Rússia não levou em consideração suas principais preocupações. Ainda de acordo com o governo russo, o telefonema aconteceu em um cenário de “histeria” no Ocidente sobre uma iminente invasão que Moscou afirma que não ocorrerá.
O governo russo confirmou que Biden alertou Putin sobre possíveis sanções durante o telefonema. Uma autoridade do governo americano disse que os líderes discutiram por quase uma hora e falaram sobre a presença de tropas russas ao redor da Ucrânia.
Antes da ligação entre os líderes, os chefes das diplomacias russa e americana, Sergei Lavrov e Antony Blinken, também conversaram por telefone. Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia após o diálogo, Lavrov acusou Washington de fazer “propaganda” sobre uma possível agressão russa.
O Sul
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