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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Brasil cria 2,7 milhões de vagas com carteira assinada em 2021

 


O Brasil criou 2.730.597 vagas de emprego formal em 2021, revertendo o fechamento de 191.455 mil vagas em 2020, primeiro ano da nova metodologia de cálculo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O salário médio de admissão, no entanto, vem caindo.

Em dezembro de 2021, o salário de admissão médio foi de R$ 1.793,47. Em dezembro de 2020, o pagamento médio era de R$ 1.909,19. A redução foi de 6,06%.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério do Trabalho. O saldo de 2021 é fruto de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos de empregados com carteira assinada.

No mês de dezembro, como ocorre todos os anos, houve retração no mercado de trabalho e foram fechados 265.811 postos de trabalho, resultado de 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos naquele mês. O salário médio ficou em R$ 1.793,47.

O resultado positivo de 2021 vem após uma série de ajustes na série do Caged que dissolveram o bom desempenho de 2020. O saldo de 2020 foi reduzido em relação ao divulgado pelo próprio governo no mês de janeiro daquele ano. Na época, o governo anunciou que 2020 encerrou com saldo de 142.690 vagas. Com os ajustes nas declarações feitas pelas empresas, esse número se reverteu no fechamento de 191.455 mil postos, de acordo com a atual divulgação.

O desempenho do mercado formal em 2021 refletiu a retomada da economia no período de reabertura em meio à redução de casos de Covid.

Também mostrou os efeitos do programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, com um período subsequente de estabilidade no emprego.

O ministro do trabalho, Onyx Lorenzoni, destacou os resultados positivos, ainda considerando os efeitos da pandemia, e elogiou o pacote de medidas emergenciais do governo, desde o Auxílio Emergencial, passando pelo BEm e pelos programas de crédito para pequenas empresas.

“É muito importante que tenhamos claro que foram essas políticas que deram condições para que o Brasil tivesse um desempenho melho que dos nossos vizinhos latino-americanos e de muitos países com economias mais sólidas do que a nossa”, afirmou.

O governo ainda revisou os dados da estabilidade do BEm. A explicação é de que houve um ajuste na metodologia, que considerou os períodos de estabilidade de 2020 e 2021, o que acabou gerando reflexos neste ano. Com as novas contas do governo, havia 2,1 milhões de trabalhadores com estabilidade provisória no trabalho em dezembro. Em janeiro, esse número cai para 853 mil e os vínculos com garantia provisória acabam em abril, quando a projeção é de 173,8 mil contratos.

O secretário executivo da pasta, Bruno Dalcomo, disse que o governo não espera que haja um aumento no número de demissões daqui para frente e que a avaliação é de que o BEm cumpriu seu propósito de fazer a transição do período mais agudo da crise sanitária para este momento de retomada da economia e normalização das relações de trabalho.

O Sul

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