sábado, 26 de fevereiro de 2022

Bolsonaro diz que "casamento" com Paulo Guedes é "indissolúvel"

 Declaração foi dada durante lançamento do novo modelo regulatório do Inmetro, nesta sexta. "Não existe divórcio", afirmou



O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, que seu "casamento" com o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "indissolúvel" e que "não existe divórcio". A declaração ocorreu durante cerimônia de lançamento do novo modelo regulatório do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), autarquia vinculada ao Ministério da Economia.

"E, confesso, pouco sabia sobre o Inmetro. E começamos a trabalhar nesse sentido, até que, em dado momento, eu falei para o Paulo Guedes que acabou a cota do secretário. Ou resolve agora ou... Né? O meu casamento com o Paulo Guedes é indissolúvel, não existe divórcio", disse.

Antes de comentar sobre Guedes, Bolsonaro discursava sobre medidas como a criação de novos tacógrafos, que acarretariam custos para o consumidor. "Eu descobri que queriam modernizar os tacógrafos do Brasil. Só de caminhões são 2,7 milhões, aproximadamente R$ 500 para cada caminhoneiro. Pesa a pessoa", destacou. A categoria é uma das bases eleitorais do mandatário.

Recentemente, Guedes foi questionado durante uma entrevista se aceitaria comandar o Ministério da Economia em eventual segundo mandato de Bolsonaro. “Tem muita coisa sendo feita, que eu acho que essa aliança de centro-direita deveria seguir. E eu acho que eu seria alguém que estaria disposto a continuar”, afirmou na ocasião.

Modelo regulatório

De acordo com o Inmetro, a implementação da medida será gradual e se dará em cinco anos. O novo modelo regulatório é um sistema de governança para trazer mais previsibilidade e eficiência à atuação regulatória do Inmetro. O objetivo da autarquia é eliminar custos adicionais ao setor produtivo, facilitar o crescimento de pequenas empresas e incentivar a inovação.

Com a medida, o Inmetro estabelecerá o que deve ser observado em termos de segurança e qualidade dos produtos, mas não como o fabricante deverá fazer. Dessa forma, se houver uma nova maneira de produzir ou de prestar algum serviço, não haverá impedimento para isso, desde que a segurança seja garantida pelo fornecedor.

Segundo o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson, a mudança regulatória ocorreu após críticas feitas pelo setor produtivo de que os processos eram demasiadamente burocráticos e os regulamentos existentes, defasados.

R7 e Correio do Povo

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