Primeiro-ministro, Boris Johnson, apresentará "a maior oferta possível" para acrescentar caças, navios e especialistas do Exército
O Reino Unido se oferecerá à Otan nesta semana para contribuir com um "grande esquema militar" para "fortalecer as fronteiras da Europa" diante da "hostilidade" da Rússia, antecipou o governo britânico no sábado.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, apresentará "a maior oferta possível" para acrescentar caças, navios de guerra e "especialistas militares" do Exército britânico às operações da Aliança Atlântica, detalhou um comunicado de Downing Street.
"Ordenei que as nossas Forças Armadas que se preparem para se deslocar para a Europa na próxima semana, para garantir que estamos prontos para apoiar os nossos aliados da Otan por terra, mar e ar", disse Johnson.
Representantes do governo britânico se deslocarão a Bruxelas nos próximos dias para finalizar com os parceiros da Otan os detalhes do "possível destacamento" de tropas, disse Downing Street, enquanto o gabinete discutirá as "opções militares" sobre a mesa na segunda-feira (31).
Se o presidente russo, Vladimir Putin, "escolher um caminho de derramamento de sangue e destruição, será uma tragédia para a Europa", mas "a Ucrânia deve ser livre para decidir o seu futuro", argumentou Johnson.
Os planos de Londres incluem a duplicação do número de tropas que atualmente mantidas na região e o envio de mais "armamento defensivo" para a Ucrânia. O Reino Unido tem atualmente mais de 900 militares na Estônia, mais de cem na Ucrânia e 150 na Polônia. Os novos recursos agora fornecidos pelos militares britânicos deverão servir para "reforçar as defesas da Otan" e "sustentar o apoio aos parceiros nórdicos e bálticos", descreveu o governo.
"Este pacote enviará uma mensagem clara ao Kremlin: não toleraremos as atividades desestabilizadoras e estaremos sempre ao lado dos nossos aliados da Otan para enfrentar a hostilidade da Rússia", acrescentou o premiê.
Johnson planeja conversar com Putin por telefone nos próximos dias e também pretende fazer uma visita à região, cujos detalhes ainda não foram anunciados.
AFP e Correio do Povo
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