segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Peritos médicos do INSS de todo o País vão parar nesta segunda

 


Os peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vão paralisar os trabalhos nesta segunda-feira (31). O motivo é a falta de reajuste salarial.

A recomposição salarial exigida pela categoria é de quase 20%, relativa às perdas de 2019 a 2022. O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, recebeu um ofício enviado pela Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais demonstrando insatisfação por promessas que não foram cumpridas.

“Apesar das promessas feitas pelo Ministro de Estado, nenhuma ação foi tomada pela autoridade máxima do órgão e a situação caótica que assolava a categoria não apenas se manteve, como foi profundamente agravada”.

Os peritos também querem melhorias nas condições de trabalho, como limitar a 12 o número de atendimento presenciais diários. Segundo o INSS, existem atualmente no país, 5 mil médicos peritos para avaliação que podem justificar a concessão de benefícios previdenciários.

O Ministério do Trabalho não comentou sobre a paralisação desta segunda.

Orçamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou recentemente, com vetos, o Orçamento de 2022. O ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 24. A receita da União para o exercício financeiro de 2022 é de R$ 4,8 trilhões. Do total, R$ 1,8 trilhão será destinado ao refinanciamento da dívida pública.

De acordo com a publicação, o chefe do Executivo federal concedeu reajuste de R$ 1,7 bilhão para servidores públicos. A peça orçamentária não define quais categorias devem ser beneficiadas ou como os recursos devem ser aplicados.

Os recursos precisam ser confirmados em um projeto específico a ser enviado pelo governo posteriormente.

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A equipe econômica era contra a medida e argumentava que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

O presidente deve aguardar o retorno dos trabalhos do Congresso Nacional, no início de fevereiro, para decidir se concederá ou não reajuste salarial para carreiras policiais.

Marcus Firme, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), afirmou que a categoria está confiante. “Temos um valor que está na lei orçamentária. Outras carreiras tiveram reestruturação em governos passados e nós não tivemos. É uma luta histórica nossa para uma maior eficiência. Poderíamos fazer muito mais, se tivéssemos as carreiras reestruturadas. Todos têm a ganhar. Muito mais a sociedade”, disse.

O Sul

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