Em mensagem após oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco disse neste domingo (16) que reza pelas vítimas das tempestades e enchentes que atingiram o Brasil nas últimas semanas.
“Expresso minha solidariedade às pessoas atingidas pelas fortes chuvas e inundações em várias regiões do Brasil nas últimas semanas. Rezo em especial pelas vítimas e seus familiares e por quem perdeu a casa. Que Deus ampare o esforço de quem está levando ajuda”, declarou o pontífice.
Desde o fim do ano passado, as regiões do sul e extremo sul da Bahia e partes de Minas Gerais foram fortemente atingidas por chuvas com precipitações acima da média, que deixaram dezenas de milhares de pessoas desabrigadas ou desalojadas e causaram ao menos 52 mortes.
Após período de trégua, áreas de instabilidade voltaram a assustar os mineiros no fim do sábado (15) e início deste domingo. Até este domingo (16), 377 cidades estão em situação de emergência em Minas, mais de 44% do Estado. Segundo Boletim de Defesa Civil, além de 25 mortos havia mais de 55 mil desabrigados e desalojados em Minas Gerais.
Parte do secretariado estadual de Minas Gerais se reuniu no sábado (15) e definiu que os R$ 560 milhões anunciados nesta sexta-feira (14) pelo governador Romeu Zema para auxiliar as cidades mineiras atingidas pelas fortes chuvas em Minas Gerais serão focados em três grandes ações: auxílio às pessoas, apoio aos municípios e infraestrutura estadual.
Segundo o secretário geral do Estado, Mateus Simões, que coordenou a reunião, as secretarias estão finalizando as ações para que o detalhamento seja divulgado já no início desta semana.
“Após o governador anunciar os R$ 560 milhões, a discussão é sobre onde aplicar esse recurso de forma mais efetiva para atender públicos diferentes: de um lado as pessoas que foram efetivamente atingidas e que ainda não conseguiram voltar para suas casas, e, de outro lado, as prefeituras que estão com muita dificuldade em restabelecer o funcionamento das cidades, que foram muito afetadas”, explicou o secretário.
Na Bahia, a Defesa Civil confirmou ao menos 27 mortes entre dezembro e janeiro, em decorrências das fortes chuvas e das enchentes. Em outros estados, como Pará, Maranhão e Tocantins, cheias muito acima da média também têm obrigado milhares de pessoas a deixarem suas casas.
Com base em informações recebidas das prefeituras, a Sudec (Superintendência de Proteção e Defesa Civil) da Bahia atualizou, na tarde deste domingo, os números referentes à população atingida pelas fortes chuvas que ocorreram em diversas regiões do Estado. São 30.306 desabrigados, 62.156 desalojados, 27 mortos e 523 feridos. O total de atingidos é de 965.643 pessoas.
O último óbito ocorreu no último dia 7, em Barra, no oeste baiano, e foi informado à Sudec pelo município apenas neste domingo (16). Trata-se de um homem de 72 anos, que se afogou no assentamento São Francisco, na margem do Rio Grande, zona rural de Barra. Os números correspondem às ocorrências registradas em 199 municípios afetados. Desse total, 190 estão com decreto de situação de emergência. As informações são da Agência Brasil e dos governos de Minas Gerais e da Bahia.
O Sul
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