Exposição faz um recorte dos discos de vinis desde os seus primórdios até os anos 1980
Para quem gosta da história da música nacional e internacional, uma boa atração se encontra no Museu Histórico Municipal Professora Abrilina Hoffmeister, em Tramandaí, no mesmo prédio da Câmara Municipal de Vereadores: a mostra "A Era do Vinil", que faz um recorte dos discos de vinis desde os seus primórdios até os anos 1980, quando começaram a cair em desuso devido à proliferação dos CDS.
São mais de 1.500 discos em exposição. A ideia, conforme contou a auxiliar Luci Jaques, partiu da coordenadora Cleusa Coelho, ao notar o grande número de discos guardados nos arquivos da entidade, muitos deles recebidos através de doações.
Nela, o visitante pode entrar com contato com raridades dos anos 1930, como discos de Francisco Alves, apelidado "O Rei da Voz", e Orlando Silva, passando por obras de Roberto Carlos, Sidney Magal, The Fevers, Julio Iglesias, e o regionalista gaúcho João Almeida Neto.
Também estão na mostra os discos trilhas sonoras de novelas dos anos 1970 e 1980, e de música pop internacional e nacional, como por exemplo Madonna, The Fevers e até mesmo o fenômeno infanto-juvenil oitentista Menudo. Todos em ótimo estado de conservação, de vários estilos musicais, desde o samba, chorinho, carnaval, pop, rock, música latina, MPB. O único porém é que os discos não podem ser escutados, pois os dois aparelhos toca-discos que estão no museu, não funcionam.
A oficial administrativa Mari Linn disse que o número de visitantes diariamente fica em torno de 30 pessoas. "Quando chove, como não tem praia, aparecem 100, 150 pessoas para ver os discos", enumerou. "Esta semana mesmo um visitante queria comprar um dos discos da exposição, mas eles não estão à venda, pois conforme nossa avaliação, são históricos e sem valor de mercado", destacou Luci. "Além do que, são patrimônio. Imagina vender algum disco? É considerado roubo", afirmou.
O problema é que os discos não podem ser escutados, pois os dois aparelhos toca-discos que estão no museu, não funcionam. A exposição é uma verdadeira viagem no tempo. E a única coisa que os organizadores pedem é que quando os visitantes entram no museu, assinem o livro-registro, pois a mostra é gratuita. Ela vai até o dia 4 de fevereiro, e pode ser visitada de segundas à sextas, das 13h às 18h e aos sábados, das 13h às 17h.
Correio do Povo
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