Em um ano eleitoral, as articulações do governo buscam resolver questões e controlar narrativas que podem custar caro durante a campanha. Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) afirma que, ao se vislumbrar as eleições, o principal desafio do governo é controlar a inflação.
“O ministro Paulo Guedes [da Economia] certamente vai dar uma solução para isso a tempo da eleição. Ele certamente tem um plano. Agora, ele deve estar tentando construir o consenso dentro do governo para isso, o que não é fácil também, porque há pensamentos divergentes que precisam ser alinhados”, afirmou.
Se por um lado o ministro constantemente afirma que o problema da inflação é mundial, Barros faz questão de ressaltar que dizer isso não resolve o embaraço do governo. “A inflação é um problema mundial, mas essa justificativa não resolve o nosso problema eleitoral. Dizer que todos os países do mundo estão com inflação alta não melhora a capacidade de poder aquisitivo das pessoas”, ressaltou.
O deputado ainda frisou que “a solução vai ter que se procurada, encontrada e disponibilizada para a sociedade”. “Cabe ao governo encontrar o caminho e oferecer solução para um problema que hoje é um problema grave, preocupa as pessoas e que precisa ser enfrentado”, explicou.
“Em dois anos de pandemia, não é uma coisa simples de administrar”, afirmou, lembrando que o Congresso aprovou a reforma da previdência, “uma das mais importantes”, segundo ele. A matéria foi aprovada em 2019, antes da pandemia, e graças também ao apoio do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Acho que caminhou bem. Votamos muitas coisas relevantes. BR do Mar, marco das ferrovias… Isso vai trazer muito investimento ao Brasil. Acho que isso vai sofrer durante a eleição uma avaliação muito positiva do eleitorado”, afirmou, citando ainda os projetos de licenciamento ambiental e regularização fundiária, que espera aprovar esse ano. Ambas as matérias têm grande resistência de ambientalistas e estavam na lista de prioridades enviadas ao Congresso pelo presidente Bolsonaro no início do ano passado, mas não foram aprovadas.
O Sul
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