País foi eleito para vaga rotativa, com mandato até o fim de 2023, no último mês de junho
O Brasil assume, a partir deste sábado, uma das vagas rotativas no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O país reassume uma cadeira no colegiado de nações dez anos após sua última passagem pelo conselho, em 2011.
Além do Brasil, Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos foram eleitos para participar do órgão da ONU. Os países ocupam cinco das dez vagas rotativas que têm direito a voto nas decisões tomadas pelo conjunto de nações.
O Conselho de Segurança da ONU tem, entre seus principais objetivos, a manutenção da paz e segurança internacional, podendo agir como intermediador, impor sanções e até mesmo autorizar forças de segurança a agir em situações de conflito internacional.
Durante o biênio de 2022-2023, o Brasil fará sua 11ª passagem pelo órgão decisor das Nações Unidas. Dos 15 integrantes do conselho, apenas cinco países têm assento permanente e poder de veto: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China. Mas o Brasil, além de outras nações, tenta fazer parte do grupo permanente há anos. O embaixador Ronaldo Costa Filho, aprovado pelo Senado em 2019 para ser o representante permanente do país junto à ONU, é quem vai participar das reuniões do conselho.
Em junho de 2021, quando foi eleita para a vaga rotativa, a candidatura brasileira não teve oposição dos países da América Latina e do Caribe, bloco do qual faz parte, e obteve 181 votos favoráveis na Assembleia-Geral da ONU, na qual estão representados os 193 Estados-membros da entidade. O país substitui São Vicente e Granadinas, que encerrou o mandato de dois anos em 31 de dezembro de 2021. O México, que entrou em janeiro do ano passado, continuará a ser o outro representante latino-americano ao longo de 2022.
“No biênio 2022-2023, o Brasil terá como prioridades a prevenção e a solução pacífica de conflitos, a eficiência das missões de paz e das respostas humanitárias às crises internacionais, a consolidação da paz mediante ações voltadas para o desenvolvimento, o respeito aos direitos humanos e a maior participação das mulheres nas ações de promoção da paz e da segurança internacionais. O país buscará também aprimorar a articulação do conselho com outros órgãos da ONU e com organismos regionais envolvidos na resolução de conflitos”, afirmou o Itamaraty em nota divulgada neste sábado.
R7 e Correio do Povo
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