No artigo anterior me referi ao elogio e as suas implicações, pois ele pode ser bom quando nasce no âmago da alma e vem sempre acompanhado de espontaneidade translúcida, sendo que a crítica por outro lado não têm a mesma origem, pois ela é produto do “aspecto mutante” dos julgamentos íntimos e opiniões de cada indivíduo em diferentes situações.
Assim em razão disso, nos escandalizamos (principalmente na política) quando percebemos que certos indivíduos se alternam da crítica para o elogio ou vice-versa com enorme facilidade, pois são em sua maioria impulsionados pela sua insegurança sobre o significado maior de sua conduta pessoal e do verdadeiro comportamento humano que requer uma lógica e uma ética permanente de vivenciar e entender a verdade única; portanto julgar, criticar, medir, sentenciar os outros, suas ações e suas palavras, não levando em conta a realidade existencial de cada um, revelam falta de bom senso crítico e de imparcialidade.
Consequentemente a critica surge quando alguém, quase sempre o faz com sentidos estreitos e visão diminuta, sem conhecer toda a extensão dos fatos, talvez falte elementos satisfatórios para discernir sobre aquilo que é real e eterno nas coisas e opiniões impermanentes – o que desabrocha e fenece num período de curto tempo. Portanto ela (a crítica) deve ser dosada com o “sentimento cristão de amor ao próximo” para ajudá-lo de “forma construtiva” a refletir sobre o seu comportamento ou opinião e reavaliar sua forma de “ver a vida”, visando melhorar suas dificuldades e progredir.
Por outro lado a crítica nunca deve ser “destrutiva”, pois assim sendo denota falta de “amor ao próximo”, de humildade, provida de prepotência e arrogância que ofende, agride ou denigre a imagem do criticado que o faz se sentir desqualificado e inferiorizado, portanto nada contribui para seu crescimento.
Plínio P. Carvalho
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