A Pfizer informou nesta sexta-feira (17) que ainda não é possível determinar a data de entrega de doses pediátricas da sua vacina contra a covid-19 ao Brasil. Em nota, a farmacêutica disse que está fazendo “todos os esforços para que as doses cheguem ao país o mais rapidamente possível”.
A empresa também disse que está atuando junto ao governo brasileiro para definir as próximas etapas do processo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A aprovação dada pela agência permite que a vacina já seja usada no País para essa faixa. No entanto, a chegada do imunizante aos postos depende do Ministério da Saúde.
Sobre a declaração do governador João Doria de comprar a vacina diretamente da empresa, a Pfizer também se posicionou afirmando que seu foco é atender o terceiro contrato de 100 milhões de doses já fechado com o governo federal. “Esse contrato já engloba o fornecimento de novas versões da vacina, inclusive para diferentes faixas etárias”, declarou a empresa.
“Entendemos que a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é um bem que deve ser oferecido à população em geral, por isso sempre estivemos comprometidos a trabalhar em colaboração com os governos em todo o mundo para que a ComiRNaty seja uma opção na luta contra a pandemia, como parte dos programas nacionais de imunização”, informou a empresa.
A vacina da Pfizer para as crianças de 5 a 11 anos é um produto diferente do disponível para os maiores de 12 anos. Além da mudança na dosagem indicada, o próprio frasco tem cor diferente daquele usado na aplicação em adultos.
“A redução na dosagem para a faixa de 5 a 11 anos se respaldou nos estudos de Fase 1 e 2, que mostraram que essa dosagem (10 microgramas) foi o suficiente para gerar altos títulos de anticorpos com perfil de segurança bastante favorável para a população pediátrica”, informou a Pfizer.
Terceira dose
A necessidade de avaliar uma 3ª dose surgiu após testes clínicos de fase 1, 2 e 3 revelarem que, em crianças entre dois e quatro anos, a resposta imune gerada foi mais fraca do que o esperado.
“A decisão de avaliar uma terceira dose de 3 microgramas para crianças de 6 meses a 5 anos reflete o compromisso das empresas em selecionar cuidadosamente a dose certa para maximizar o perfil de risco-benefício”, informou o laboratório.
Ao todo, participaram dos testes clínicos iniciais cerca de 4,5 mil crianças com idade de 6 meses a 12 anos de diversos países.
Com exceção da faixa etária entre dois e quatro anos, a vacina de dosagem baixa (3 microgramas) foi capaz de ativar a resposta imune pretendida pela farmacêutica.
Os novos testes clínicos focados na terceira dose devem começar em janeiro e terão como objetivo avaliar a segurança, tolerância e capacidade do imunizante gerar proteção contra a doença. A terceira dose será administrada ao menos dois meses depois de completado o esquema vacinal primário (duas doses).
O Sul
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