A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (30) que os países devem aplicar uma abordagem baseada em evidências e no risco ao implementar qualquer medida restritiva de viagem relacionada à variante ômicron da covid-19, incluindo possível triagem ou quarentena de passageiros internacionais, mas proibições generalizadas não evitam a propagação.
“As medidas (de restrição) podem incluir triagem de passageiros antes da viagem e/ou na chegada, e uso do teste para SARS-CoV-2 ou quarentena de viajantes internacionais após avaliação de risco completa”, disse a OMS em seu mais recente aconselhamento sobre viagens.
“As proibições generalizadas de viagens não impedirão a disseminação internacional e representam um fardo pesado para vidas e meios de sustento”, disse o documento.
A organização também recomendou que pessoas com 60 anos de idade ou mais e indivíduos com comorbidades adiem suas viagens internacionais.
“Pessoas que não estão bem ou apresentam risco de desenvolver a forma grave da covid-19, incluindo pessoas com 60 anos de idade ou mais e indivíduos com comorbidades (por exemplo, doenças cardíacas, câncer e diabetes), devem ser aconselhadas a adiar a viagem”, disse o documento.
Segundo o organização, cerca de 56 países estavam implementando medidas restritivas de viagem desde 28 de novembro com o objetivo de potencialmente adiar a chegada da ômicron em seus territórios.
Vacinação obrigatória
Um dos principais assuntos entre sul-africanos atualmente é a obrigatoriedade da vacina contra o coronavírus, cogitada pelo governo, conforme disse o presidente Cyril Ramaphosa em discurso na TV, no domingo (28).
No país onde um terço dos profissionais de saúde ainda não se vacinou – e parece não querer se imunizar, segundo a associação médica sul-africana –, alguns já questionam a legalidade da eventual obrigatoriedade.
A descoberta da variante ômicron do coronavírus, com um grande número de mutações que a tornam potencialmente mais transmissível do que a delta, e provavelmente mais resistente às vacinas, impacta diretamente os sul-africanos.
O presidente Ramaphosa criticou os países que fecharam as fronteiras para viajantes provenientes da África do Sul e vizinhos.
De acordo com o presidente sul-africano, 35,6% da população foi totalmente vacinada. Nas ruas e em discussões nas redes sociais, o clima é de indignação, pois a Europa atualmente é o epicentro da pandemia e os números de novos casos diários no bloco têm sido maiores que os sul-africanos. Porém, as mesmas medidas restritivas não foram tomadas contra países europeus. Esta sensação de exclusão e injustiça predomina na África do Sul.
O Sul
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