Em virtude do aumento do índice de infestação de fêmeas adultas do Aedes aegypti em Porto Alegre e do período de maior frequência de viagens, a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) emitiu nota informativa nessa quarta-feira, 29, alertando profissionais de saúde para suspeita de arboviroses – dengue, zika, chikungunya - no atendimento a pacientes com sintomas compatíveis às doenças.
Entre os sintomas estão febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: manchas vermelhas no corpo, dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, vermelhidão nos olhos ou diminuição dos leucócitos (detectado em exame de sangue).
A enfermeira Raquel Rosa, chefe da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da DVS, destaca que é importante que as pessoas que viajem para locais com confirmação de casos de dengue ou outra doença transmitida pelo mosquito refiram o deslocamento na hora do atendimento com o profissional da saúde. E. nos locais, utilizem medidas proteção individual, como uso de repelente. Ao retornar para casa, é importante eliminar qualquer foco de água parada.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, as regiões do Brasil com maior incidência de dengue, atualmente, são a Centro-Oeste (com mais incidência em Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal); Nordeste (Pernambuco e Ceará com taxas mais elevadas); seguido da Região Sul, que está na terceira posição em relação à taxa de incidência de casos, sendo Paraná e Santa Catarina estados com as maiores taxas.
No Rio Grande do Sul, foram confirmados mais de dez mil casos de dengue em 2021, a maior parte na região de Santa Cruz do Sul e de Erechim, respectivamente.
Quanto à chikungunya e zika, os locais com maior incidência são Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. No RS, o município de São Nicolau teve a maioria dos casos de chikungunya, e Santa Maria e Santiago, de zika vírus.
Neste ano, até 25 de dezembro, 169 casos suspeitos de dengue foram notificados entre residentes de Porto Alegre, dos quais 83 foram confirmados (65 autóctones – contraídos na cidade). Em relação à chikungunya, um caso importado foi confirmado em 2021, e nenhum de zika vírus.
Em 2020, no mesmo período, foram 118 casos suspeitos de dengue e 40 confirmados (seis autóctones), quatro confirmados para chikungunya, importados, e nenhum caso confirmado de zika vírus.
Por Patricia Coelho
Pontocritico.com
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