Com tantas medidas de estímulo em vigor por causa da pandemia, nunca foi tão fácil captar dinheiro no mercado — e as empresas aproveitaram a brecha. Em 2021, companhias de todo o mundo levantaram US$ 12,1 trilhões vendendo ações, emitindo dívidas e tomando crédito.
Os números são do Financial Times e foram elaborados com base em dados da plataforma Refinitiv.
O valor equivale a mais de oito vezes o PIB brasileiro e representa um recorde, superando o volume registrado em 2020 em 17%. Na comparação com o nível pré-pandemia, o crescimento foi de quase 25%.
Só no mercado dos EUA, as firmas levantaram US$ 5 trilhões — cerca de cinco vezes todo o valor das companhias listadas na brasileira B3.
Economia mundial
A produção econômica mundial ultrapassará US$ 100 trilhões pela primeira vez no ano que vem, e a China levará um pouco mais de tempo do que se pensava para ultrapassar os Estados Unidos como a economia nº 1.
A consultoria britânica Cebr previu que a China se tornará a maior economia do mundo em dólares em 2030, dois anos depois do previsto no relatório da Tabela da Liga Econômica Mundial do ano passado.
A Índia parece destinada a ultrapassar a França no próximo ano e depois a Grã-Bretanha em 2023 para recuperar seu lugar como a sexta maior economia do mundo, disse Cebr.
“A questão importante para a década de 2020 é como as economias mundiais lidam com a inflação, que agora atingiu 6,8% nos EUA”, disse o vice-presidente do Cebr, Douglas McWilliams.
“Esperamos que um ajuste relativamente modesto no leme traga os elementos não transitórios sob controle. Do contrário, o mundo precisará se preparar para uma recessão em 2023 ou 2024.”
O relatório mostrou que a Alemanha estava a caminho de ultrapassar o Japão em termos de produção econômica em 2033. A Rússia pode se tornar uma das 10 maiores economias em 2036 e a Indonésia deve estar no caminho para o nono lugar em 2034.
PIB do Brasil
O Relatório de Mercado Focus divulgado no começo desta semana pelo Banco Central mostrou nova deterioração no cenário de crescimento econômico do Brasil. A redução na previsão mediana de alta para o PIB de 2021 foi de 4,58% para 4,51%. Há quatro semanas, estava em 4,78%.
Para 2022, a projeção de expansão do PIB recuou de 0,50% para 0,42%. Há um mês, estava em 0,58%.
Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 continuou em 4,50%.
Para 2022, também foram feitas 36 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa passando de 0,50% para 0,47%.
Quanto a 2023, a projeção de crescimento também cedeu, de 1,85% para 1,80%, ante 2,00% de um mês antes. Já para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador.
O Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário