sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Após filiar Bolsonaro, o PL quer mais espaço no governo e mira o Ministério da Infraestrutura

 


Após filiar o presidente Jair Bolsonaro, o PL espera aumentar seu espaço dentro do governo em pastas estratégicas. O avanço da sigla comandada por Valdemar Costa Neto sobre os cargos não será imediata. A expectativa é que indicados do PL ocupem postos de novos filiados que devem sair para disputar as eleições de 2022.

Um dos cargos cobiçados pelo PL é o Ministério da Infraestrutura, comandado por Tarcísio de Freitas, aposta de Bolsonaro para concorrer ao governo do estado de São Paulo pelo PL. Apesar da pressão do presidente, Tarcísio ainda não confirmou oficialmente que estará na disputa e cogita concorrer ao Senado por Goiás.

O PL – anteriormente chamado de PR – comandou o Ministério do Transportes, que cuida das áreas hoje no guarda-chuva da Infraestrutura, entre 2003 e 2018, portanto nas gestões de Lula e de Dilma Rousseff, do PT, e Michel Temer, do MDB.

Não será a primeira vez que Costa Neto tenta avançar na pasta de Tarcísio no governo Bolsonaro. No ano passado, quando o presidente se aproximou do Centrão, o cacique queria ficar com o controle do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na ocasião, Tarcísio blindou o órgão, que é comandado desde o início do governo pelo general Antonio Leite dos Santos Filho.

O PL também vê a possibilidade de ganhar espaços com a saída de ministros que vão se filiar ao PL, como Onyx Lorenzoni, da Cidadania, Gilson Machado, do Turismo, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. O convite também está feito para as ministras da Agricultura, Tereza Cristina, e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Interlocutores de Costa Neto afirmam que o presidente da sigla considera “natural” que o partido de Bolsonaro fique com esses postos quando os ministros se descompatibilizarem em abril para disputar a eleição, embora nenhum destes nomes tenha chegado aos ministérios por indicação partidária.

Atualmente, o PL ocupa apenas a Secretaria de Governo com a ministra Flávia Arruda, que deixará o posto para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal. O PP ocupa o Casa Civil com o ministro Ciro Nogueira, e o Republicanos está no Ministério da Cidadania com João Roma. Os três partidos têm apadrinhados também em cargos de segundo escalão.

Apesar da cobiça do PL, segundo interlocutores do governo e dos partidos, os detalhe ainda não foram discutidos na negociação para a filiação de Bolsonaro. Auxiliares do Planalto afirmam que a reforma ministerial que obrigatoriamente ocorrerá por causa das eleições envolverá outra negociação e deverá contemplar todos os partidos aliados. As informações são do jornal O Globo.

O Sul

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