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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Partidos focam em alianças no RS para 2022

 Com a derrota nas prévias do PSDB e a promessa de não reeleição, Leite deve escolher seu sucessor

Taline Oppitz



Com o fim das prévias do PSDB, nas quais o governador de São Paulo, João Doria, foi o escolhido para representar o partido na sucessão presidencial, as articulações visando as peças nos tabuleiros eleitorais nacional e no Rio Grande do Sul começam a ser intensificadas. Nacionalmente, logo após o desfecho das prévias, Doria já iniciou sinalizações para o Podemos, do ex-juiz Sergio Moro. Está ainda prevista para amanhã a filiação do presidente Jair Bolsonaro – que concorrerá à reeleição – ao PL. A filiação acontece após Bolsonaro ter ficado dois anos sem partido, desde que deixou o PSL. O ato deve ocorrer às 10h, em Brasília.

No Rio Grande do Sul, os movimentos mais imediatos devem ocorrer no MDB. Após uma série de encontros regionais, o partido realiza no próximo sábado, das 8h30min às 13h30min, no Teatro Dante Barone da Assembleia, seu Congresso Estadual. No evento, será lançada a plataforma para o plano de governo que será defendido na corrida pelo Piratini. Originalmente, a intenção era a de lançar o nome do pré-candidato nesta data, mas a tese sobre as prévias saíram vencedoras. No dia 2, uma reunião do diretório estadual tratará do tema.

No PSDB, ainda há incógnita sobre quem será o sucessor de Leite e defensor de seu legado. O tucano reconheceu que já há grupo no partido que defende sua ida à reeleição. Leite, no entanto, descarta a possibilidade. “Não ir à reeleição é um compromisso meu com os partidos aliados, que ajudaram a viabilizar a série de mudanças, a virada que estamos colocando em prática no Estado. Não vou abandonar este acordo”, disse, em entrevista exclusiva ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba. Leite destacou ainda que apesar de o PSDB contar com outros nomes, o nome de seu vice e secretário de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, seria um caminho natural a ser adotado.

Em solo gaúcho, diversos partidos já lançaram pré-candidatos, como o PP, com Luis Carlos Heinze, o PSB, com Beto Albuquerque, o PT, com Edegar Pretto, o PSol, com Pedro Ruas, entre outros. A viabilidade das alianças nas majoritárias, para reforçar o desempenho eleitoral e garantir tempo de rádio e TV e recursos, no entanto, serão decisivas para avanços e recuos nos planos de protagonismo dos partidos. 

O dilema trabalhista
O PDT de Leonel Brizola é um dos partidos com maior dilema nesta eleição. As intenções de 10 entre 10 trabalhistas de verem Romildo Bolzan Júnior como candidato ao Piratini foram por água abaixo, junto com o Grêmio. Nomes como o do presidente estadual, Ciro Simoni, e do ex-deputado Vieira da Cunha, são lembrados, mas representam um plano B ao sonho trabalhista. 

Correio do Povo

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