A variante ômicron do coronavírus representa um risco muito elevado para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a OMS (Organização Mundial da Saúde). A organização também afirmou que há muitas dúvidas sobre a variante, especialmente sobre o perigo real que representa.
“Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.
“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a organização. A OMS aumentou a lista de países nos quais a variante foi detectada após os primeiros casos no sul da África, em novembro.
“Em função das características podem existir futuros picos de covid-19, que poderiam ter consequências severas”, disse a OMS. As incógnitas sobre a variante são numerosas, diz, no entanto, a OMS: o nível de contágio, e se esta é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anticovid existentes e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.
G7 em reunião
Os ministros da Saúde dos países do G7 se reuniram em caráter de urgência em Londres, nesta segunda, para tentar frear a disseminação da ômicron. O contágio pela nova variante continua a progredir pelo mundo, causando cada vez mais preocupação e vários países decidiram impor novas medidas para conter a epidemia.
O Japão decidiu fechar seu território para todos os visitantes estrangeiros. Três semanas depois de aliviar algumas restrições para permitir a entrada de viajantes a negócios e estudantes, Tóquio “proibirá todas as entradas de pessoas estrangeiras” a partir desta terça-feira (30), informou o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.
As autoridades se comprometeram a continuar trabalhando junto com a OMS e outras instituições parceiras, para compartilhar informações e monitorar avanço do vírus. Os ministros devem fazer uma nova reunião em dezembro.
Em nota, reconheceram a “importância estratégica” de garantir acesso às vacinas contra covid-19 e de levar adiante seus compromissos de doações, além de combater a desinformação sobre vacinas e apoiar pesquisa e desenvolvimento.
Pelo Twitter, o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, que presidiu a reunião, disse ser “vital” que o G7 continue a colaborar com seus parceiros internacionais “para enfrentar esta nova variante e ameaças futuras”.
O Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário