Categoria espera que novas medidas sejam anunciadas pelo governo federal até a data
Na tarde desta segunda-feira, véspera do feriado de Finados, a Federação dos Caminhoneiros do Rio Grande do Sul informou que irá aguardar até a quarta-feira para se manifestar sobre a possibilidade de uma greve da categoria até o fim desta semana. A paralização estava agendada para acontecer hoje, dois dais depois do prazo máximo para o governo federal atender a uma série de exigências do grupo. Entretanto muitos autônomos decidiram aguardar um posicionamento do governo federal que, através do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que irá tentar frear o aumento dos combustíveis e pressionar a Petrobras em relação aos altos valores do diesel e da gasolina.
Na Itália, Bolsonaro disse que “esta semana vai ser um jogo pesado para a Petrobras, porque eu indico o presidente, que tem que passar pelo Conselho, mas tudo o que de ruim acontece lá cai no meu colo”. Ele disse que, mesmo fora do país, está acompanhando o movimento dos caminhoneiros e prometeu que a Petrobras deve anunciar um novo reajuste daqui a 20 dias.
O presidente mais uma vez reforçou o seu intento de privatizar a estatal. “Pedi ao Paulo Guedes [ministro da Economia] que tome medidas para tirar a Petrobras das garras do Estado. Já foram vendidas duas refinarias. Mas, além de o Lula não concluir três refinarias, mais de R$ 100 bilhões foram desviados. Quem coloca combustível no carro está pagando essa conta lá de trás”, disparou.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Infraestrutura, com base em dados apurados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Polícia Federal, até às 15h00 de hoje não existem registro de nenhuma ocorrência de bloqueio parcial ou total nas rodovias federais ou pontos logísticos estratégicos.
No Rio Grande do Sul, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) apenas um ponto foi interditado parcialmente nesta manhã, o entroncamento da BR 285 com a ERS-342. No início da tarde a pista já havia sido liberada e a área não apresenta pontos de lentidão ou interrompidos.
Os profissionais autônomos do transporte de carga desejam, além da diminuição dos preços dos combustíveis, também o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), medida que está parada no Senado Federal, e o julgamento da constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da Lei Piso Mínimo de Frete (nº: 13.703/2018).
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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