O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, participaram neste domingo (31) de um encontro com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo informou o Planalto no Twitter, o encontro ocorreu “à margem da Cúpula de Líderes do G20”, que aconteceu em Roma, na Itália. Não foram divulgados outros detalhes. Esse foi um dos poucos encontros do presidente neste domingo. Bolsonaro não participou do passeio dos líderes do G20, que tiraram uma foto na Fontana de Trevi, tradicional ponto turístico de Roma.
Em sua página no Twitter, o diretor da OMS disse que foi reiterado o compromisso de apoiar medidas em resposta à Covid-19.
“Discutimos o potencial do Brasil para a produção local de vacinas e tratamentos, o que também poderia atender às necessidades da América Latina e do mundo”, escreveu Tedros.
A participação de Bolsonaro na reunião do G20 tem sido marcada por poucas reuniões com outros chefes de estado, segundo sua agenda oficial.
Nas conversas informais da cúpula, Bolsonaro preferiu conversar, por exemplo, com Erdogan do que com o Olaf Scholz, vitorioso nas últimas eleições legislativas da Alemanha. Ao perceber que havia sido ignorado pelo brasileiro, o alemão foi falar com os primeiros-ministros Boris Johnson, do Reino Unido, Justin Trudeau, do Canadá, e Narendra Modi, da Índia, destacou a Radio France Internationale (RFI).
Também chamou a atenção da imprensa internacional o fato do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, ter cumprimentado muitos chefes de Estado e de governo com um aperto de mão, mas ter evitado apertar a mão de Bolsonaro, de acordo com a agência RFI.
O presidente Bolsonaro discursou no G20 durante almoço de líderes realizado no sábado (30). Os jornalistas ficaram de fora e as imagens não foram divulgadas, e a assessoria do palácio do Planalto publicou nas redes sociais a íntegra da fala do presidente.
O presidente afirmou em discurso que o G20 precisa adotar “esforços adicionais” para garantir a produção de vacinas contra a Covid.
Embora no G20 o presidente tenha cobrado “esforços adicionais” pela produção de vacinas contra a Covid, Bolsonaro afirmou no último dia 13 que não vai se vacinar. A comunidade científica recomenda a vacinação até mesmo para quem já teve Covid.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro critica a vacina a contra a Covid; promove aglomerações; critica o uso de máscara; e defende o tratamento com drogas comprovadamente ineficazes para a doença.
Entidades médicas nacionais e internacionais e a comunidade científica recomendam como medidas de prevenção da Covid a vacinação; evitar aglomerações; usar máscara; e higienizar as mãos. As informações são do portal de notícias G1.
O Sul
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