A propósito do “Dia da Consciência Negra” a ser comemorado no próximo sábado dia 20, diria que se trata de uma manifestação hipócrita e improcedente que analisada com clareza, percebe-se que é totalmente indevida sob todos os aspectos.
Inicialmente, cabe aqui uma definição coerente de “consciência” que nada mais é do que um atributo divino ao alcance de qualquer ser humano, portanto é uma virtude ou disposição para escolher o justo meio, segundo um princípio racional e de acordo com o que seria fixado pelo homem prudente e de caráter. Ora de acordo com esta definição a consciência não tem e não pode ter cor, apenas o seu nível pode ser diferenciado em cada indivíduo, pois é imaterial produto de um sentimento racional dotado de conhecimentos e experiências que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior, portanto é um sentido ou percepção que todo ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais.
O grande pensador e pedagogo Rousseau afirmou: “Quem quiser encontrar o caminho correto deve escutar profundamente a si mesmo, a voz da Consciência, pois Deus não manda dizer por outro aquilo que ele quer que o homem faça. Ele próprio o diz: escreve-o no seu coração - a emoção e a razão nos enganam demasiadas vezes, temos toda a razão para rejeitá-las, mas a Consciência nunca engana. Ela é o verdadeiro guia do homem: relaciona-se com a alma, com o instinto e com o corpo. Quem a segue escuta a natureza e não precisa ter medo de incorrer ao erro... Só preciso perguntar-me a mim mesmo o que fazer. Tudo o que considero como bom, é bom; tudo que considero que é mau, é mau. Tudo muito simples, não é ?”
As aparências “brancas ou negras” existem apenas na visão preconceituosa dos homens, portanto Deus, em sua sabedoria infinita, permite ocultar aos nossos olhos as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que possamos aprender e enxergar com os olhos do coração, com a visão da alma e entender a verdade como ela é, assim sem hipocrisia e preconceito, não permitindo que as aparências do mundo roubem a pureza da sua essência.
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