A agência sanitária do Reino Unido afirmou na sexta-feira (22) que a nova mutação da variante delta do coronavírus, que vem se propagando no país, é “potencialmente mais contagiosa”.
A UK Health Security Agency ponderou, no entanto, que a “delta plus”, como vem sendo chamada, não é considerada uma “variante de preocupação” e não parece ser mais mortal ou resistente às vacinas.
“[A variante] AY4.2 representou na semana passada 6% do total de casos no Reino Unido”, informou a agência em seu boletim semanal.
“Análises preliminares aparentemente demonstram que ela tem níveis de transmissão mais altos em relação à delta”, explicou a agência. “Testes adicionais são necessários.”
Monitoramento
Na terça-feira (19), o governo britânico afirmou que “monitora muito de perto” a nova mutação da variante delta.
“Não hesitaremos em tomar medidas caso seja necessário”, afirmou o representante. “Não há nenhum motivo para acreditar que ele esteja se espalhando com mais facilidade.”
O Reino Unido vem enfrentando um aumento significativo no número de novas infecções de Covid-19, com casos diários entre os 35 mil e 45 mil, além de registrar a maior incidência de toda a Europa.
Entre os maiores infectados, estão os jovens e adolescentes, que ainda não conseguiram completar a vacinação. Além disso, há a redução da imunidade nos idosos que já se vacinaram há meses.
François Balloux, diretor do Instituto de Genética da University College London, é um dos que acredita que a variante “não é a causa do recente aumento do número de casos no Reino Unido”.
O cientista explicou, em entrevista à France Presse, que a transmissão da subvariante continua sendo baixa (cerca de 10%), diferente das cepas da alfa e delta, que são muito mais transmissíveis (50%).
A nova variante AY4.2 é quase inexistente fora do Reino Unido, com exceção de três casos detectados nos Estados Unidos e alguns poucos na Dinamarca, que desde então quase desapareceram.
Sua reação diante das vacinas disponíveis atualmente ainda estão sendo investigadas. As informações são o portal de notícias G1.
O Sul
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