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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Redução de intervalo da vacina da Pfizer deve ocorrer somente após aplicação de primeira dose em todos os adultos, diz ministro da Saúde

 


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta terça-feira (27) que a redução do intervalo entre as doses da vacina da Pfizer deve ocorrer somente após a vacinação de toda a população com mais de 18 anos com pelo menos um dos imunizantes disponíveis no País.

Atualmente, o ministério recomenda o intervalo de 90 dias entre a primeira e a segunda doses da Pfizer contra a Covid-19. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.

“Depois que atingirmos a população acima de 18 anos toda vacinada com a primeira dose da vacina. Após, aí [vem] a estratégia de redução do intervalo de doses do imunizante que tem evidência científica para essa redução, que é a vacina Pfizer, aprovada na Anvisa”, disse o ministro.

Queiroga concedeu entrevista ao lado do presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Carlos Lula, que disse que o objetivo é “terminar ainda neste ano a vacinação de toda a população adulta do País”.

“A gente acredita que no intervalo de três, quatro, cinco semanas, no máximo, isso já deve estar sendo discutido [a redução do intervalo], quando a gente acredita que consiga vacinar toda a população acima de 18 anos com uma dose”, informou o presidente do Conass.

Mais cedo, também nesta terça-feira, Carlos Lula já havia defendido que a redução apenas a partir de setembro e disse que “foi tomado de surpresa”:

“Esse tema tinha sido levado ao debate na câmara técnica e tinha sido decidido que não era possível fazer isso nesse momento”.

Essa é a segunda declaração de Queiroga sobre o assunto nesta semana. A primeira ocorreu nesta segunda-feira (26), após a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite, dizer que a pasta estava avaliando a redução do período.

“A Pfizer, o [intervalo] que está na bula é de 21 dias. O grupo técnico do PNI opinou por fazer um espaço mais alargado naquele primeiro momento porque queríamos avançar na primeira dose, mas como as vacinas da Pfizer estão chegando agora em um volume maior, é possível mudar essa estratégia. Nós já fizemos várias análises e, com as entregas que temos, é possível voltar para o prazo que está no bulário”, declarou Queiroga.

Segundo Rosana, a preocupação com a variante delta e a previsão de chegada de remessas maiores da vacina são os motivos que levam o ministério a analisar a possibilidade de diminuir o espaço entre as doses.

“Provavelmente, no próximo mês, com as perspectivas de vacinas, temos uma previsão de fechar agora o mês de julho com 40 milhões de vacinas, e em agosto, 63 milhões Então, sim, nós pensaremos em reduzir esse intervalo [entre as doses da Pfizer], afirmou a secretária.

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