OSCAR BESSI - (....) Um tenente e um sargento. Homens experientes, com muitos anos de corporação, apaixonados pelo ofício, pela missão, pelo exercício diário e abnegado de salvar vidas. Um deles estava de folga, em casa, preparando-se para dormir quando descobriu que havia um grande incêndio em andamento. Ele não pensou duas vezes e avisou a família que precisava ajudar os colegas de serviço. Horas depois, seu nome era chamado por todas as vozes da esperança de colegas, amigos, familiares, desconhecidos. De toda uma população ávida pela notícia de que ele e seu parceiro seriam encontrados. Enquanto, agoniado, eu sabia por amigos das buscas, lembrei do soldado Anderson Scherer, ano passado. O bombeiro estava de moto, indo para o serviço, quando viu sinais de um incêndio numa comunidade do bairro Cristal, em Porto Alegre. Sem equipamentos, sem roupa adequada, ele só ouviu alguém dizer “minha irmã está lá” e entrou, antes que seus colegas pudessem chegar, no meio das chamas e salvou uma mulher. Parou no hospital, de tanta fumaça que inalou. Mas um bebê hoje não é órfão de mãe graças a sua coragem. E ele disse que faria tudo de novo.
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