A "corrida do bem" proposta pelo governador Eduardo Leite envolve premiações de diversos valores
A escassez de doses ainda gera entraves na aplicação da vacina contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul e isso, consequentemente, deixa o fluxo da imunização mais lento. Apesar dos dados positivos para o Estado como um todo, que segue disparado entre os estados brasileiros que mais vacinaram, a aplicação está demorando mais do que o esperado em algumas cidades. Há municípios reclamando que a entrega de doses não tem sido suficiente para a demanda e tudo isso acontece depois de o governo estadual anunciar a premiação para os municípios que mais vacinarem.
A premiação que pretende incentivar os municípios do Rio Grande do Sul a avançar na vacinação contra a Covid-19 está gerando uma polêmica entre as prefeituras. Alguns prefeitos afirmam que sem o envio constante de doses, a campanha fica comprometida. A "corrida do bem" proposta pelo governador Eduardo Leite envolve premiações de diversos valores. Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, o que mais aplicar ganha R$ 150 mil e o segundo recebe R$ 100 mil. Para as cidades entre 50 mil e 100 mil habitantes, os prêmios serão de R$ 100 mil e R$ 75 mil.
O critério será a comparação entre o número de doses distribuídas pelo governo e aplicadas pelas prefeituras, e o tamanho da população. As premiações vão de R$ 25 mil até R$ 150 mil. Para os municípios de 10 mil a 50 moradores, os prêmios são de R$ 50 mil e R$ 75 mil. Já para cidades com até 10 mil habitantes, os prêmios são de R$ 25 mil e R$ 50 mil. O incentivo foi anunciado pelo governador Eduardo Leite na última quinta-feira, 24 de junho, e vem sendo criticado por diversos gestores.
De acordo com o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, a realização de uma premiação e até uma espécie de competição pode passar uma ideia equivocada de que a vacinação não está acontecendo com a agilidade que poderia e, segundo ele, esse processo não depende somente das prefeituras. Segundo a Famurs, a proposta de premiação do governo foi criticada pelas 27 Associações Regionais que representam todas as 497 cidades gaúchas.
A prefeitura de Teutônia, no Vale do Taquari, está entre as que discordam da ação. O município tem 36% da população vacinada com a primeira dose e 13% com a segunda, que já não está mais disponível nas Unidades Básicas de Saúde. "Temos que deixar claro que a demora em vacinar não é culpa das administrações municipais, mas sim da falta de doses suficientes para imunizar toda a população gaúcha. As prefeituras estão fazendo, desde o início da pandemia, a sua parte. Sem vacilação. Com iniciativa e altivez. E com o início da vacinação, ainda mais", afirmou Hassen.
Conforme Hassen, além de incentivar a velocidade na vacinação, o governo do Estado deveria exigir mais vacinas. "Isso nós já solicitamos em outra oportunidade: para acelerar a vacinação, como deseja o Estado e as 497 prefeituras do Rio Grande do Sul, é preciso ter mais vacinas", enfatizou. A Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) informou que não possui um levantamento dos municípios que estão sem doses das vacinas contra a Covid-19.
Correio do Povo
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