Imagens mostram mais de 80 pessoas em deck que desabou na Ilha das Flores

 Acidente ocorrido na noite do domingo é investigado pela Polícia Civil. Uma mulher morreu e outras sete pessoas ficaram feridas

A investigação sobre o desabamento parcial do deck durante uma festa em uma marina na Ilha das Flores, em Porto Alegre, está a cargo da 4ª Delegacia de Polícia da Capital. De acordo com a titular da DP, delegada Laura Lopes, depoimentos prestados sustentam que mais de cem pessoas estariam no evento e que entre 10 e 15 vítimas teriam caído na água. 

Imagens publicadas nas redes sociais por aqueles que estavam na festa e analisadas pelo Correio do Povo indicam que momentos antes do acidente, mais de 80 pessoas estavam sobre o deck, onde foi montada uma pista de dança. Uma mesa de som onde se apresentavam DJs também estava em cima da estrutura, além de diversas mesas e cadeiras. O acidente ocorrido na noite do domingo acabou matando uma jovem de 26 anos e deixou outras sete pessoas feridas. 

O Instituto Geral de Perícias (IGP) divulgou que uma constatação inicial, feita pelos peritos no local, indica que a estrutura teria se rompido devido ao excesso de peso causado pela aglomeração. “Havia pontos no entorno da estrutura rompida, o que indica falhas de conservação. A perícia fez o levantamento fotográfico das peças que foram rompidas além da medição dos elementos da estrutura. A parte que ruiu tem aproximadamente 50 metros quadrados”, indica o instituto. 

O projeto estrutural do deck também foi requisitado para análise. O documento deverá indicar o peso máximo que a estrutura poderia comportar e a informação será confrontada com uma estimativa de peso das pessoas que estavam no local no momento do desabamento. O espaço foi analisado pela Seção de Engenharia do Departamento de Criminalística (DC) do IGP.

A Prefeitura de Porto Alegre garantiu que que pelo protocolo de segurança da pandemia as festas não estão autorizadas na cidade. Das mais de 80 pessoas que aparecem nas imagens do vídeo analisado pelo Correio do Povo, apenas uma estava utilizando máscara de proteção. A Secretaria Municipal de Segurança instaurou um processo administrativo para verificar a possibilidade de autuação do bistrô.

Defesa nega superlotação

Apesar das imagens, a defesa do proprietário do local informou que o empreendimento possuía alvará de funcionamento e Plano de Prevenção Contra Incêndio. O advogado também assegurou que o número de pessoas estava dentro das normas e a manutenção da estrutura era realizada periodicamente.

Correio do Povo