Órgão reafirma que dados, informados por Jair Bolsonaro, são análises pessoais e não constam de quaisquer processos oficiais da Corte
Tribunal diz que relatório sobre suposta "supernotificação" de mortes por Covid-19 é análise pessoal de servidor, e não um documento oficial. O TCU (Tribunal de Contas da União) investigará o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques na elaboração do suposto relatório que questiona as mortes por Covid-19 no país no ano de 2020.
"Será instaurado procedimento interno para apurar se houve alguma inadequação de conduta funcional no caso", afirma o órgão em nota. A corte reafirma que as questões veiculadas no referido documento não encontram respaldo em nenhuma fiscalização do TCU. O arquivo sobre as mortes por Covid-19 refere-se uma análise pessoal de um servidor do Tribunal compartilhada para discussão e não consta de quaisquer processos oficiais do órgão.
A corte divulgou uma nota na última segunda-feira que nega a informação dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que teria realizado um relatório que põe em dúvida 50% das mortes por Covid-19.
“O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por covid no ano passado não foram por covid’, conforme afirmação do presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”. O órgão completou que não é autor do documento que circula na imprensa e nas redes sociais.
Horas antes, Bolsonaro havia dado a declaração, creditada ao TCU, para apoiadores em Brasília. Nesta terça, porém, admitiu que errou e disse que ele próprio fez uma tabela que apontou esse resultado, mas, novamente, sem apresentar provas.
A reportagem procura contato com o auditor. O espaço está aberto para manifestação.
R7 e Correio do Povo
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