Nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Ramos
O general da ativa do Exército Brasileiro e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi nomeado, nesta terça-feira, como secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Ramos.
Com o novo cargo, Pazuello ficará na pasta comandada pelo almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos. O posto fica no Palácio do Planalto.
Pazuello foi demitido do comando do Ministério da Saúde em março deste ano, após falhas na gestão da pandemia de Covid-19, principalmente pelo ritmo lento na vacinação, e pressionado pelo bloco do centrão. Antes dele, ocuparam o posto os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
A ideia de levar Pazuello para despachar no Planalto vinha sendo cogitada desde sua saída da pasta da Saúde, em março. Nos bastidores, a intenção do presidente Jair Bolsonaro era a de blindar o auxiliar, dando a ele cargo que assegure foro privilegiado, já que responde a processo no Supremo Tribunal Federal pela atuação na gestão da pandemia de Covid-19 e na crise de oxigênio em Manaus.
Pazuello também é um dos principais alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid do Senado, a CPI da Covid. Ele já foi interrogado pelos senadores, mas foi protegido por um habeas corpus, o que lhe deu conforto para distorcer informações e mentir sobre vários fatos relacionados à sua gestão à frente do Ministério da Saúde. O ex-ministro deverá ir novamente à CPI. Uma nova convocação do ex-auxiliar já foi aprovada pelo colegiado.
Na lista recente de polêmicas, Pazuello ainda participou de ato político público do presidente Bolsonaro no Rio de Janeiro, o que pode resultar em punição pelo Exército, que proíbe esse tipo de postura dos militares da ativa. Bolsonaro é contra a punição, Pazuello resiste a migrar para a reserva e o cargo no Planalto pode ajudar a minimizar a situação do ex-ministro.
R7 e Correio do Povo
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