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sábado, 29 de maio de 2021

Novo presidente do TRE-RS defende urna eletrônica

 Desembargador Lima da Rosa quer maior participação dos partidos na fiscalização


Com o aumento do debate sobre a retomada do voto impresso e críticas às urnas eletrônicas, o novo recém-empossado presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RS), desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, defendeu o atual processo eleitoral. "Os que conhecem o nosso sistema têm plena confiança na urna eletrônica", ressaltou. Em seguida, detalhou todos os dispositivos de segurança relacionados à urna, como a possibilidade de auditorias. Com a posse, Lima da Rosa estará à frente do TRE na preparação para a eleição de 2022. 

Inclusive, em relação a esse ponto, criticou a ausência de representantes de partidos políticos no processo de fiscalização, que é aberto para órgãos públicos. "A verdade é que, infelizmente, essa participação e fiscalização não tem sido efetiva. Gostaríamos que houvesse uma participação mais efetiva, inclusive, dos partidos", ressaltou. Lembrou ainda que o processo eleitoral envolve mais de 500 mil urnas eletrônicas, sendo que elas não têm integração entre si. "O brasileiro não acredita no Brasil. O nosso sistema (eleitoral) é o mais aperfeiçoado do mundo. O mais confiável. Tem sido testado há 25 anos e resultados inteiramente confiáveis", reforçou.

A cerimônia de posse ocorreu na tarde desta sexta-feira, em formato híbrido, e contou com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), e do presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB). Em um discurso aguçado em defesa da atuação da justiça eleitoral brasileira, Lima da Rosa fez um alerta contra a disseminação de fake news sobre o sistema eleitoral, pedindo para "que não se deixassem acreditar em vozes negacionistas”. Não deixemos nos levar por convites e comandos obscuros, principalmente daqueles que querem deslegitimar o nosso processo eleitoral", defendeu o novo presidente. 

O magistrado ainda criticou aqueles que defendem a implementação do voto impresso, citando os prejuízos quando tentaram implementar impressoras nas urnas, reforçando que o processo eleitoral já seria seguro e eficiente. "São horas como essa que buscamos o valor legitimador da nossa existência", disse. Relembrando a história da justiça eleitoral, o magistrado reiterou a atuação do órgão ao longo dos anos, principalmente após a instalação das urnas eletrônicas, para realização de eleições seguras. "Ninguém pode lançar nenhuma dúvida quanto aos resultados apurados pela justiça eleitoral", afirmou ele.

Villarinho enaltece atuação na pandemia 

Ao deixar a presidência, o desembargador André Villarinho reforçou o trabalho do TRE-RS ao realizar, no ano anterior, em meio à pandemia, as eleições municipais. "Realizar exitosas eleições em condições sem precedentes foi, para mim, um coroante em uma carreira que completa mais de dez anos", disse. O magistrado, em um longo discurso de agradecimento, afirmou que o órgão teria cumprido sua "missão constitucional de prestar eleições legítimas e transparentes".


Correio do Povo

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