por Maria Inês Dolci
Procon-SP anunciou nesta terça (6) o bloqueio deste tipo de mensagem caso o consumidor não queira receber contatos de telemarketing
Mensagens por WhatsApp e SMS deveriam conectar familiares, amigos, colegas, vizinhos em um condomínio, e facilitar as tão necessárias compras com distanciamento social. Receber propaganda dessa forma é muito invasivo. Piores ainda são as ligações pelo WhatsApp. O Procon-SP anunciou o bloqueio deste tipo de mensagem caso o consumidor não queira receber contatos de telemarketing.
Quem já tem cadastro no “Não me ligue”, passará a dispor destas novas funcionalidades. A propósito, este serviço está em manutenção para permitir o registro de recuperação de contatos de telemarketing na modalidade cobrança e por meio de mensagens de texto.
Nas últimas semanas, tenho percebido que parte expressiva dos emails recebidos provém de uma só fonte: corretores de planos de saúde. É óbvio que reconheço o direito de estas e estes profissionais tentarem vender seus produtos. O problema é contabilizar dezenas, até centenas de emails disparados pelo mesmo endereço eletrônico, com idêntica proposta. É uma tentativa de vencer pelo cansaço, que lota as caixas de mensagens.
Sabemos das dificuldades para obter trabalho remunerado. Afinal, mais de 52 milhões de brasileiros estão entre os que não têm emprego (desempregados), os que desistiram de procurar (desalentados) e os que gostariam de trabalhar mais (subutilizados).
Não podemos nos iludir que todos estes terríveis números advenham da pandemia de coronavírus. Em março de 2020, quando ela começou, o desemprego já atingia 12,2%. Não houve uma coordenação nacionalem defesa do uso de máscaras, do distanciamento social, e nem mesmo a compra precoce de vacinas —esta precocidade seria a única positiva contra a Covid-19. Foram lançadas mundialmente diversas vacinas, há o desejo de se vacinar e estrutura para imunização, mas faltam doses.
Isso complica ainda mais o mercado de trabalho, pois o funcionamento do comércio e dos serviços é parcial. Muitos profissionais qualificados, então, têm de se sujeitar a atividades comerciais em que só serão remunerados se a venda for consumada.
Além do incômodo provocado, o grande fluxo de mensagens via WhatsApp facilita uma série de golpes. Os criminosos, inclusive, passaram a pedir pagamento via Pix. Fica muito mais difícil recuperar o dinheiro, que cai imediatamente na conta dos golpistas.
E mais: o Banco Central autorizou pagamentos e transferências bancárias entre usuários do WhatsApp. Para tal, você terá de cadastrar um cartão de débito ou crédito neste aplicativo. A funcionalidade ainda não está disponível.
Os cuidados para evitar golpes devem ser redobrados. As recomendações são: não atender ligações se o número não constar de sua agenda; não trocar mensagens com desconhecidos; não enviar códigos solicitados por terceiros, pretensamente promocionais (na verdade, de acesso ao seu aparelho); acionar a confirmação em duas etapas do WhatsApp.
Fonte: Folha Online - 06/04/2021 e SOS Consumidor
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