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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Previdência prevê antecipação do 13º do INSS para maio e junho

 por Clayton Castelani

Primeira parcela deve cair na conta a partir de 25 de maio; veja o calendário

As duas parcelas do 13º salário dos beneficiários do INSS serão antecipadas para os meses de maio e junho e serão pagas conforme o mesmo calendário em que são creditadas aposentadorias, pensões e auxílios-doença, segundo previsão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

O pagamento antecipado da gratificação ainda precisará ser confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

"A antecipação provavelmente seria paga na competência maio, com pagamento de 25/5 a 8/6, e junho, com pagamento de 24/6 a 7/7. Mas a Secretaria de Previdência ainda não tem confirmação da antecipação", informou o órgão nesta quarta-feira (28) ao responder o questionamento da reportagem.

O calendário mensal de depósitos dos benefícios do INSS sempre começa no mês da competência que está sendo paga, quando ocorrem os créditos para segurados com renda de até um salário mínimo (R$ 1.100 em 2021).

Beneficiários com renda acima do piso recebem a partir do primeiro dia útil do mês seguinte ao da competência que está sendo paga.

  A ordem em que os beneficiários são distribuídos no calendário é definida pelo número final do benefício, sem considerar o dígito que fica após o traço.

Considerando essa regra oficial de pagamentos e a previsão informada pela Previdência, as parcelas do 13º salário do INSS deverão ser depositadas nas seguintes datas:

Benefícios de até um salário mínimo

Final do nº do benefício1ª parcela (competência maio)2ª parcela (competência junho)
125/mai24/jun
226/mai25/jun
327/mai28/jun
428/mai29/jun
531/mai30/jun
601/jun01/jul
702/jun02/jul
804/jun05/jul
907/jun06/jul
008/jun07/jul

Benefícios acima de um salário mínimo

Final do nº do benefício1ª parcela (competência maio)2ª parcela (competência junho)
1 e 601/jun01/jul
2 e 702/jun02/jul
3 e 804/jun05/jul
4 e 907/jun06/jul
5 e 008/jun07/jul

A antecipação do 13º do INSS é uma das medidas que o governo pretende adotar para enfrentar os efeitos econômicos provocados pelo agravamento da pandemia de Covid-19 em 2021.

Embora a antecipação estivesse nos planos do Ministério da Economia desde o primeiro trimestre, a efetivação dessa e de outras medidas anticrise só se tornou viável após um acordo fechado entre governo e Congresso para a aprovação do Orçamento de 2021.

Para concretizar a antecipação nas datas mencionadas pela Previdência, o governo precisa oficializar a decisão a tempo do fechamento da folha de pagamentos do INSS, o que deverá ocorrer na metade do mês de maio.

Orçamento atrasou antecipação

Em março, pouco antes de o Congresso aprovar o Orçamento deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo aguardava apenas a liberação orçamentária para destinar R$ 50 bilhões para antecipar "para os próximos dois meses" o pagamento de benefícios de aposentados e pensionistas.

A intenção de Guedes era colocar rapidamente esse dinheiro no bolso dos beneficiários e, com isso, ajudar a aquecer a economia em um momento de paralisação parcial das atividades devido ao agravamento da pandemia de Covid-19.

O problema é que a equipe econômica do governo verificou que o Orçamento aprovado por deputados e senadores era impossível de ser executado, pois faltariam recursos para despesas básicas.

Entre as falhas encontradas no texto que saiu do Congresso estava a retirada de R$ 26,5 bilhões dos recursos do seguro-desemprego, do abono salarial e da Previdência.

Após semanas de estudos e negociações com o Legislativo, o governo chegou a um acordo com o Congresso para redistribuir as despesas e finalmente publicou o Orçamento 2021.

Fonte: Folha Online - 28/04/2021 e SOS Consumidor

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