por Silvio Sibemberg
Um copo d’agua pela metade encerra duas verdades incontestáveis. Ou está meio cheio ou meio vazio.
No caso da principal vacina que temos disponível até agora no país essa verdade não se aplica. A eficiência da Coronavac é de 50%. E não venham com a conversa de que é relativo também. Ou respondam por que mesmo esse tipo de imunizante é classificado dessa forma, com percentuais.
É dizer que metade da população vacinada com a Coronavac está sujeita a contrair o vírus. Chances iguais.
Também se pode dizer que mesmo contraindo, a doença não evolui para casos mais graves. Pelo menos é o que estão nos dizendo os entrevistados escolhidos a dedo pelos nossos veículos de comunicação.
Não ter alternativa sim, não é relativo. Se investíssemos em refrigeração poderíamos ter as vacinas da Pfizer e da Moderna que tem 90% de eficácia. Estados Unidos e Israel que o digam, lá os indicadores da pandemia desabaram rapidamente. Não só pela velocidade da vacinação e muito pela eficiência do imunizante.
Na Europa a AstraZeneca com 70% de eficácia vem dando cobertura adequada e logo os indicadores por lá vão desabar também.
Estamos muito preocupados com a forma e esquecemos o conteúdo.
Se o cristo da hora estivesse sendo crucificado pela baixa qualidade do liquido que estamos recebendo em nossos braços, talvez a gritaria se justificasse. Estamos todos preocupados com a aceleração da vacina a meia boca. Essa é a verdade.
Sempre se pode dizer que é a que temos, mas ninguém pode deixar de considerar que poderíamos ter coisa melhor.
Como eternos laboratórios de experiência do primeiro mundo estamos cumprindo nosso papel histórico. Cobaias há muito.
Será que o contagio remanescente de uma Coronavac não vai custar mais aos cofres públicos (nosso bolso) que os investimentos para armazenamento e transporte de produto de melhor qualidade que exige melhor refrigeração?
Alguém compra um medicamento na farmácia se recebe do farmacêutico a informação de que ele é 50% eficiente?
Ou aceitam um diagnóstico de meia gravidez?
Alguma coisa nos escapa.
Pontocritico.com
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