Frequentadores ignoravam as orientações da bandeira preta do Distanciamento Controlado
O feriado de Tiradentes, o tempo seco e a temperatura agradável levaram milhares de pessoas à Orla do Guaíba e aos parques de Porto Alegre, repetindo uma cena comum durante a pandemia no ano passado, quando aglomerações também estavam restritas. Desde o começo da tarde, os frequentadores ignoravam as orientações da bandeira preta do Distanciamento Controlado. Sem usar máscaras ou respeitar a distância com o próximo, já ocupavam a ciclovia, da avenida Edvaldo Pereira Paiva até a avenida Diário de Notícias. Uma parte do público optou por caminhadas ou corridas ao longo da orla. E muitos se aglomeraram no passeio público, tomando conta das escadarias e também dos gramados.
Mesmo com a situação ainda crítica no sistema hospitalar em Porto Alegre e o agravamento da pandemia da Covid-19, as movimentações seguiram intensas em outros pontos da cidade. Apesar de ser proibida a permanência em pontos de lazer e parques como Redenção, Marinha do Brasil e Moinhos de Vento, além da Orla do Guaíba, muitos porto-alegrenses pareceram desconsiderar as restrições e seguiram realizando atividades como essas com certa normalidade. No final da tarde, por exemplo, diversos pontos de aglomeração ainda podiam ser avistados nestes locais.
O comandante da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento, afirmou que o fluxo de pessoas foi muito grande. Mas ele assegura que a corporação fez o melhor que poderia numa situação destas. “Procuramos controlar da melhor forma o fluxo de pessoas. Orientamos quanto às medidas de proteção e conversamos. E se preciso for ou pessoa quiser, temos máscaras para quem não tem”, detalha. Entretanto, apesar do movimento, Nascimento diz que não houve nenhuma confusão nas abordagens. “Caso se tenha alguma resistência, autuamos e pode se conduzir até a delegacia. Mas hoje não foi preciso. Todas as abordagens foram bem recebidas”, avalia.
A aglomeração ocorreu na Orla Moacyr Scliar um dia depois da prefeitura ter entregue 19 salas no trecho 1 para o uso de ambulantes. Desde o início da obra de revitalização da orla, os vendedores trabalhavam em barraquinhas no Anfiteatro Pôr do Sol.
Correio do Povo
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